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Experiência é a arma da seleção feminina de basquete contra a Austrália

Há 16 anos, a seleção brasileira feminina de basquete conseguia o seu último grande feito numa Olimpíada. Em Sydney-2000, conquistou a medalha de bronze ao derrotar a Coreia do Sul na disputa pelo terceiro lugar. Já em Atenas-2004 ficou em quarto lugar.

O tempo passou. A seleção não teve mais sucesso em Olimpíada e não se renovou.

Assim, o atual técnico do time, Antonio Carlos Barbosa, foi obrigado a recorrer ao passado para tentar triunfar no presente, que é a Rio-2016.

A equipe que estará nos Jogos tem uma média de idade de 29,2 anos. Só não é mais velha que as seleções dos Estados Unidos, de Senegal e de Belarus (média de 30 anos).

O Brasil estreia na competição neste sábado (6), às 17h30 (de Brasília), contra a forte Austrália, na Arena da Juventude, em Deodoro –França, Japão, Belarus e Turquia completam o grupo A.

Entre as apostas de Barbosa estão duas jogadoras que jogaram em Sydney-2000 (a pivô Kelly, 36, e a armadora Adrianinha, 37) e outras duas que estavam presentes em Atenas-2004 (a pivô Érika, 34, e a ala Iziane, 34).

Barbosa admite que gosta de mesclar experiência com novas jogadoras, mas, pelo menos dessa vez, não pôde fazer exatamente como gostaria, já que o Brasil tem sofrido muito para revelar novos talentos no basquete feminino.

"Houve uma tentativa de renovação, só não deu totalmente certo. Mas nunca nada é perdido. Juntei o que foi melhor nesta renovação com aquelas que acredito que dão uma estabilidade na equipe", disse Barbosa.

Gaizka Iroz/AFP
Iziane durante jogo da seleção brasileira em amistoso de preparação para a Rio-2016
Iziane durante jogo da seleção brasileira em amistoso de preparação para a Rio-2016

Ele apontou a queda no número de equipes no Brasil como principal fator por esta falta de renovação. A liga feminina, por exemplo, tem apenas seis times.

Das 12 jogadoras convocadas, cinco estão acima dos 30 anos, sendo que três delas são titulares absolutas (Érika, Iziane e Adrianinha). Apenas três estão abaixo dos 25 (Damiris, 23, Isabela, 22, e Tainá, 24). E nenhuma dessas tem uma posição de destaque –pelo menos ainda.

Campeã da WNBA (a liga feminina de basquete dos Estados Unidos) e uma das mais experientes desse grupo, Érika admite que a situação da modalidade no país não é boa, mas diz que a média de idade alta não será um problema na Olimpíada.

"O basquete feminino tem passado por dificuldade e é triste ver isso. Mas tanto eu como a Kelly, a Iziane e a Adrianinha dividiremos essa responsabilidade e vamos ajudar as mais novas. Aqui não tem nenhuma estrela", disse a pivô.

Na Olimpíada de Atenas, quando ficou na quarta colocação, Érika tinha apenas 21 anos. Ela marcou 49 pontos em sete jogos.

Neste mesmo evento, Iziane despontava como uma das melhores apostas para o futuro. Em oito partidas, marcou 120 pontos. Depois, por indisciplina, a ala ficou fora de Pequim-2008 e Londres-2012.

Para ela, que já avisou que pretende se aposentar após a Rio-2016, há jogadoras de qualidade, mas não em grande quantidade.

"É pouco assustador isso. Temos boas atletas, pena que são poucas. É preciso massificar o esporte para se ter mais opções. Mas estou confiante em uma medalha. Tirando os Estados Unidos, não há uma disparidade muito grande entre as seleções", disse Iziane.

A jogadora, que perdeu os últimos amistosos por causa de uma lesão muscular na panturrilha, está pronta para a partida deste sábado.

Brasileiros classificados para a Olimpíada

A AUSTRÁLIA

O primeiro duelo do Brasil não será nada fácil, já que a Austrália é a segunda colocada do ranking Fiba (Federação Internacional de Basquete) e um grande algoz da seleção em Olimpíada.

Em seis partidas pelos Jogos, o time brasileiro nunca venceu o rival.

Em Londres-2012, foi derrotado por 67 a 61.

"A Austrália é uma seleção que tem uma filosofia constante. Jogam da mesma maneira sempre. É uma equipe com intensidade, de muita movimentação, uma filosofia defensiva e grande rotação de jogadoras. É um time forte", disse o treinador.

A Austrália foi vice-campeã das Olimpíadas de 2000, 2004 e 2008. Em 2012, ganhou a medalha de bronze.

Basquete

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