Antes de fechar a lista final dos convocados para a Olimpíada do Rio, o técnico da seleção masculina de basquete dos Estados Unidos, Mike Krzyzewski, teve que eliminar vários nomes.
Estrelas como LeBron James, do Cleveland Cavaliers, Stephen Curry, do Golden State Warrior, e Russell Westbrook, do Oklahoma City Thunder, decidiram não participar dos Jogos.
O que para muitos técnicos seria um problemão, para Krzyzewski é um probleminha. Porque apesar dos desfalques, o time norte-americano chega ao Rio como o grande favorito à medalha de ouro.
Os Estados Unidos estreiam nos Jogos neste sábado (6), contra a China, às 19h (de Brasília), na Arena Carioca 1.
"Estamos trabalhando há pouco tempo, mas esses caras chegaram a um grande nível. Temos armadores rápidos que podem marcar pontos e distribuir bem o jogo, bons arremessadores, explosivos, e somos grandes e atléticos", disse Krzyzewski, que vai deixar a seleção depois da Olimpíada.
Dos 12 convocados, seis (Durant, Anthony, Butler, Cousins, DeRozan e George) lideraram os seus respectivos times em pontos na última temporada da NBA, a liga mais forte de basquete no mundo. Os outros seis desempenham (ou desempenharam) papéis superimportantes em suas equipes.
Kyrie Irving, por exemplo, é o armador do atual campeão da NBA, os Cavaliers. O seu papel no time só não é mais importante do que o de Lebron.
Já os alas Draymond Green e Harrison Barnes (este último se transferiu para o Dallas Mavericks) foram um dos destaques do atual vice-campeão, os Warriors, na última temporada.
"É um grande grupo de jogadores que realmente adoram estar juntos. Passamos muito tempo conversando até mesmo fora de quadra. Há uma grande química neste time", disse Green.
O ala Kevin Durant é o grande destaque deste elenco.
Na última temporada, ele teve média de 28,2 pontos por jogo –ficou atrás apenas de Curry (30,1) e James Harden (29), do Houston Rockets, nesta estatística.
Humilde em suas declarações, ele prevê que será difícil conquistar o ouro.
"Seria desafiante mesmo se eles [as outras estrelas que não vieram] estivessem aqui. Apesar de que alguns nunca foram MPVs [jogador mais valioso da temporada] ou jogaram dez partidas de Jogo das Estrelas, temos grandes jogadores. Eu confio em todos eles", afirmou.
Recentemente, Durant trocou o Thunder pelos Warriors.
A seleção dos Estados Unidos, que ganhou o ouro nas duas últimas Olimpíadas, não perde uma partida desde 2006, quando foi derrotada pela Grécia no Mundial do Japão.
Desde então foram 44 vitórias em torneios oficiais.
Na Rio-2016, além da China, o time norte-americano vai enfrentar França, Austrália, Sérvia e Venezuela na chave A.
Os franceses despontam como os grandes rivais da equipe de Krzyzewski na fase de grupos. Mas nem tanto assim.
Em entrevista ao jornal "L'Equipe", o técnico da França, Vincent Collet, deixou claro qual é o sentimento de estar na chave dos Estados Unidos.
"Prefiro assim, pois evitamos de enfrentá-los nas quartas de final", disse o treinador.