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Seleção feminina de vôlei começa busca por tri para igualar cubanas

No Rio, a seleção brasileira pode igualar o feito daquela que é considerada a maior geração da história do vôlei feminino mundial.

A partir deste sábado (6), às 15h, contra Camarões, o Brasil busca o tricampeonato olímpico consecutivo, marca alcançada apenas pela seleção cubana nos Jogos de 1992, 1996 e 2000.

"Se me perguntasse dez anos atrás, não falaria 'nossa, um dia vou disputar o tri olímpico'. No ouro a gente pensa, claro. Espero que ganhe esse terceiro e continue sem perder na Olimpíada", diz a oposta Sheilla, titular em Pequim e Londres.

Adriano Vizoni/Folhapress
A ponteira Jaqueline durante treino da seleção feminina de vôlei, que estreia nos Jogos neste sábado (6) contra Camarões
A ponteira Jaqueline durante treino da seleção feminina de vôlei, que estreia nos Jogos neste sábado (6) contra Camarões

E mais do que igualar a seleção de Cuba, Sheilla ao lado de outras três brasileiras podem chegar ao mais alto degrau já acessado no olimpo da modalidade.

Bicampeãs, Sheilla, Jaqueline, Fabiana e Thaísa são as únicas com a chance histórica de entrar no time das jogadoras com três ouros -feito inédito inclusive para qualquer atleta brasileiro em qualquer esporte olímpico.

"Dá até frio na barriga. Nem me fala. Às vezes a gente para e olha que somos só nós quatro, e só Cuba tem esse feito. A gente fica arrepiada mesmo", afirma a ponteira Jaqueline.

Se conquistarem mais este título, em 20 de agosto, o quarteto brasileiro se equipara a Mireya Luis, Regla Torres, Ana Ibis Fernández, Idalmis Gato, Regla Bell, Lili Izquierdo e Marlenis Costa, as sete atletas de Cuba que estiveram nos títulos de Barcelona, Atlanta e Sydney.

"Fico feliz só de pensar que a gente pode entrar para a história. Espero que a gente possa fazer bonito como elas, espero estar ali junto com elas na história", diz a capitã Fabiana, a única do quarteto de bicampeã que jogou a Olimpíada de Atenas-2004.

No masculino, nunca um país ganhou mais do que dois títulos seguidos no vôlei. No feminino, a União Soviética passou perto do tri após os títulos de 1968 e 1972, mas perdeu a final olímpica de 1972 para o Japão.

"Elas [cubanas] ganhavam tudo. Se conseguir essa marca vai ser fantástico", afirma Sheilla.

Uma das diferenças entre as seleções de Cuba e do Brasil está no comando.

Assim como as cubanas tiveram somente um treinador na conquista dos três ouros consecutivos, Eugenio George, as brasileiras foram dirigidas por José Roberto Guimarães nos dois títulos, e ele continua no Rio.
George foi eleito o melhor técnico do século 20 em eleição da FIVB (Federação Internacional de Vôlei), assim como Regla Torres foi escolhida a melhor jogadora.

O novo século ainda está no início, como os Jogos Olímpicos do Rio, o que dá a chance para Zé Roberto e as brasileiras gravarem com ainda mais força suas marca definitivas na história.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

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