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Abertura dos Jogos no Maracanã tem vaias a Temer e a governos

O presidente interino, Michel Temer, tentou, mas não escapou das vaias do público presente nesta sexta-feira (5) à cerimônia de abertura da Olimpíada de 2016, no estádio do Maracanã.

A organização do evento tentou poupar o presidente de apupos. Seu nome não foi anunciado em nenhum momento da cerimônia –mesmo quando estava previsto no roteiro oficial.

Contudo, ele não escapou das vaias quando declarou os Jogos abertos.

O público não notou de imediato que era o presidente quem falava. Ele assumiu a palavra sem ter o nome anunciado e sem aparecer nos telões do estádio –apesar de aparecer na transmissão oficial.

Ele chegou a improvisar, adicionando uma introdução à clássica abertura dos Jogos.

"Depois desse maravilhoso espetáculo, declaro abertos os Jogos do Rio, celebrando a 31ª Olimpíada da era moderna", afirmou.

Os apupos vieram durante a fala, logo após a introdução, e duraram cerca de oito segundos.

A agressividade, porém, foi bem distinta da vista contra a presidente afastada Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo de 2014. Além das vaias, ela foi xingada pelo público.

Houve duas tentativas isoladas de coro "Fora, Temer" em outros momentos da cerimônia, sem empolgar o público.

A primeira vaia significativa da cerimônia ocorreu quando o presidente do comitê organizador dos Jogos, Carlos Arthur Nuzman, agradeceu a integração entre as três esferas de governo (federal, estadual e municipal).

FUGA

A organização havia poupado Temer em um primeiro momento. O nome do presidente interino seria anunciado pela primeira vez logo após a apresentação inicial, antes da execução do hino nacional.

Contudo, o narrador anunciou apenas a presença do presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach. Os quatro telões do estádio mostraram rapidamente os dois lado a lado.

Logo em seguida, o cantor Paulinho da Viola iniciou a execução do hino.

A Folha revelou na quarta-feira (3), a organização da Olimpíada planejava uma operação "abafa vaia" contra Temer.

Temer chegou cerca de 15 minutos antes do início do evento. Assim que chegou à tribuna de honra do Maracanã, um pequeno grupo tentou começar um coro de "Fora, Temer", mas não emplacou.

Ele se sentou rapidamente, cumprimentou poucas pessoas, entre elas o ministro José Serra (Relações Exteriores).

O presidente interino sentou na tribuna de honra entre Bach e o governador licenciado do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB). O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), ficou ao lado de Serra.

RECEPÇÃO

Antes da cerimônia de abertura, Temer recepcionou 40 líderes estrangeiros (chefes, vice-chefes de Estado e chanceleres) na biblioteca e nos jardins do Palácio do Itamaraty, no centro.

Cerca de 500 pessoas, entre convidados do COI, membros do governo brasileiro e estrangeiros participaram do encontro em clima descontraído.

O presidente francês, François Hollande, andava tranquilamente sem nenhum segurança, papeando no celular.

A grande atração foi Juliana Awada, mulher do presidente Mauricio Macri. A festa parou para assistir à chegada de Juliana, muito elegante em um vestido com brilhos.

Também estavam presentes o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, que teve reunião bilateral com José Serra, e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi.

Além deles, participaram o presidente do Paraguai, Horácio Cartes, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e os ministros Eliseu Padilha (Casa Cilvil), Leonardo Picciani (Esportes), o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o governador licenciado do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB) e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB).

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