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Homens desfazem tabu e são as principais apostas da ginástica brasileira

Ginástica, por equipe, no Brasil, sempre foi sinônimo de mulher. Homens até chegavam aos Jogos Olímpicos e ganhavam medalhas em Mundiais, mas como estrelas solitárias.

No sábado (6), Arthur Nory, Arthur Zanetti, Sergio Sasaki e Francisco Barreto confirmaram que essa realidade ficou no passado.

Pela primeira vez na história olímpica, um time de homens ginastas do país está na final, que será disputada a partir das 16h desta segunda (8). E todos eles também conseguiram vagas na busca por medalhas individuais.

Diego Hypolito, oito anos depois, volta à final do solo. Ele ficou em quarto na classificação geral. Francisco Barreto, com uma boa apresentação na barra fixa, terminou a fase classificatória em quinto lugar.

A mesma posição de Arthur Zanetii, o campeão olímpico nas argolas, que "escondeu o jogo" em sua apresentação.

Sérgio Sasaki e Arthur Nory vão disputar a final do individual geral, disputa em que passam por todos os aparelhos.

"Vou te dar uma noção do que aconteceu: antes, a gente ficava dez pontos atrás do Japão. Agora, ficamos um. Eles são os campeões mundiais. Já fizemos história", festejou Barreto.

O Brasil somou 268,078, contra 269,294 dos japoneses na primeira rodada das eliminatórias.

"Como equipe, nós fomos muito bem.", disse, logo após a apresentação da manhã, o ginasta Arthur Nory. "Estamos muito satisfeitos". O atleta apenas lamentou a participação deles na barra. "Poderia ter ido melhor", comentou.

É a primeira Olimpíada da história que o Brasil se apresenta com uma equipe completa na ginástica masculina.

A estratégia montada pela Confederação Brasileira era atingir o maior número possível de finais individuais. A classificação do time para a final ficou em segundo plano, conforme disse o técnico Renato Araújo.

ESCONDER O JOGO

O especialista nas argolas e atual campeão olímpico, Arthur Zanetti, competiu na mesma série do grego Elefterios Petrounias, um dos grandes favoritos ao ouro.

Com 15,833 o europeu terminou a classificatória em segundo lugar, três postos à frente do brasileiro.

Ricardo Borges/Folhapress
Zanetti com a medalha de ouro, ao lado do grego Eleftherios Petrounias (à esq.) e do francês Samir Ait Said
Zanetti no centro, com o grego Eleftherios Petrounias (à esq.) e o francês Samir Ait Said

"Na final todo mundo é favorito. Os oito que chegaram às finais são favoritos", afirmou Zanetti, logo após deixar a Arena Olímpica do Rio, que contou com uma animada torcida a favor do Brasil.

Para a final, que vai ocorrer no dia 15, Zanetti disse que vai mudar a sua série e corrigir alguns erros feitos na classificação. "Vamos apresentar a nossa série oficial", afirmou.

O ginasta brasileiro sempre faz uma série mais simples na fase inicial, o que o faz ser acusado de esconder o jogo.

Simpático, o adversário de Zanetti, Petrounias, atual campeão mundial das argolas, não escondeu que se considera favorito ao ouro.

"Pressão existe. Mas trabalho muito para isso", afirmou. Sem poder ir à cerimônia de abertura, por causa da competição logo cedo neste sábado, o grego disse que gostou muito do que viu pela televisão.

"Até hoje, gostei muito de suas cerimônias de abertura, a de Atenas e essa do Rio", acrescentou.

Petrounias também fez questão de elogiar o público brasileiro na Arena Olímpica. "Fiquei muito surpreso e feliz porque todos respeitaram a minha apresentação. Fazendo silêncio", disse.

Brasileiros classificados para a Olimpíada

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