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Vaga no revezamento 4 x 100 m redime manhã frustrante da natação brasileira

Uma manhã frustrante para a natação brasileira só ganhou algum motivo para empolgar a arquibancada do Estádio Aquático quando o revezamento 4 x 100 m livre do país se alinhou para disputar a segunda série eliminatória da prova, neste domingo (7).

Marcelo Chierighini abriu a prova e terminou sua passagem em primeiro lugar, para delírio do público. Em seguida, vieram Nicolas Oliveira, Gabriel Santos e Matheus Santana. A cada virada ou troca de nadador, a torcida comemorava como um gol.

"Até debaixo da água eu escutei os gritos. Nunca vi nada assim em minha vida", disse Chierighini.

Mesmo com todo o apoio, o time brasileiro não teve facilidade para se classificar. Ao final das duas eliminatórias, foi o quinto colocado (empatado com o Canadá), com a marca de 3min14s06. Pela ordem, Rússia, Estados Unidos, Austrália e França ficaram à frente.

A final da prova será realizada às 23h52. A formação da equipe deve ser mudada para a entrada de João de Lucca.

"É uma competição muito forte, e temos de melhorar para a tarde. Agora quebrou o gelo, todos entenderam como vai ser a atmosfera de noite", emendou Oliveira.

Satiro Sodré/ SSPress/CBDA
O nadador Nicolas Oliveira antes de prova
O nadador Nicolas Oliveira antes de prova

A final nesta noite será a primeira do revezamento 4 x 100 m livre masculino em Jogos Olímpicos desde Sydney-2000. Na ocasião, o time com Gustavo Borges, Fernando Scherer, Carlos Jayme e Edvaldo Valério levaram o bronze.

Fora a prova em equipe, a manhã do Brasil foi decepcionante. Etiene Medeiros, que no Pan de Toronto havia sido ouro nos 100 m costas com o melhor tempo da carreira (59s61), que a colocava entre as candidatas para ir à final olímpica, desapontou.

A pernambucana piorou em dois segundos seu recorde pessoal. Fez 1min01s70, terminou em 25º lugar nas eliminatórias, mas minimizou.

"Estou bem, mas o esporte é isso. Hoje fui mal realmente, não foi o que treinei ou o que estava planejado", disse a atleta, que foi a primeira nadadora brasileira a quebrar um recorde e obter um título mundial, ambos na prova de 50 m livre em piscina curta (de 25 m, não olímpica). "Vai servir de lição, de aprendizado."

Etiene ainda vai nadar os 50 m livre e o revezamento 4 x 100 m medley na Olimpíada. Ela só pôde competir no Rio após absolvição em um caso de doping, em maio. "Sobre isso não vou falar, até porque o caso ainda não está fechado", afirmou.

Como foi absolvida por um tribunal brasileiro, alguma autoridade internacional pode recorrer e levar o caso à Corte Arbitral do Esporte.

Nos 100 m costas, Guilherme Guido classificou-se para a semifinal, que ocorrerá de noite, porém longe de sua melhor marca neste ano (53s10). Ele registrou o tempo de 53s80.

"A estratégia era já passar com força. Para a semifinal, preciso melhorar", resignou-se.

NO QUASE

Outro destaque da manhã foi a estreia individual da norte-americana Katie Ledecky, apontada como grande nome da natação no Rio.

Ela bateu o recorde olímpico dos 400 m livre, com a marca de 3min58s71. Durante boa parte da prova, ela chegou a ameaçar o recorde mundial.

"É uma boa indicação do que posso fazer de noite", comentou.

Inicialmente banida pela Federação Internacional de Natação mas permitida a competir pela Corte Arbitral do Esporte, devido a caso de doping, a russa Iulia Efimova fez o melhor tempo nos 100 m peito, mas foi vaiada ao deixar a piscina. Ela não deu declarações ao sair da piscina.

Brasileiros na Rio-2016

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