Subir no pódio em grandes eventos internacionais não é surpresa nem novidade para o judô brasileiro. Esta é a nona Olimpíada consecutiva em que a modalidade arrebata medalha. Há quatro anos, retornou de Londres com quatro, uma de ouro e três de bronze. No total são 20 medalhas (4 de ouro). É o esporte nacional mais laureado nos Jogos.
A performance brasileira nesse esporte tem tradição, está consolidada. Há anos a Confederação Brasileira da modalidade tem à disposição judocas suficientes para montar mais do que uma única seleção de alto nível e não passar vergonha em eventos internacionais.
Seleções brasileiras costumam estagiar no exterior e equipes estrangeiras visitam o Brasil para períodos de treinamento. É o reconhecimento do potencial brasileiro.
André Mourão/NOPP | ||
Brasileira Rafaela Silva foi ouro na Rio-2016 |
Esse gabarito, no entanto, é um dos principais adversários porque coloca muita pressão sobre a seleção para ganhar medalhas. Por isso a CBJ não fez nenhuma previsão para estes Jogos em casa.
O judô foi idealizado em 1882 no Japão. Apenas na década de 1920 e início dos anos 30 chegaram ao Brasil os imigrantes que conseguiram organizar o esporte no país. Hoje é praticado nacionalmente. A Confederação Brasileira foi fundada em 1969, sendo reconhecida por decreto em 1972.
Ainda faltam quatro dias de competições e o judô pode dar muitas alegrias aos torcedores. Mas ninguém ganha medalha antes de lutar. O nível técnico do judô mundial é alto. Não dá para passar a carroça na frente dos bois. É preciso paciência.