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Hackers planejam ataques à Olimpíada e retiram sites governamentais do ar

Cercada de preocupações com a segurança, a Olimpíada do Rio tem sido vítima de ataques no mundo virtual.

Desde sexta (5), durante a cerimônia de abertura, hackers iniciaram uma série de ataques aos sites oficiais do comitê organizador do evento, da prefeitura e do governo do Rio.

Nesta terça (9), o grupo Anonymous reivindicou ter retirado do ar cinco páginas oficiais, sendo duas da prefeitura e outras duas do governo estadual. A quinta está relacionada à Paraolimpíada.

O Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj) confirma que o domínio rj.gov.br está sofrendo "um intenso ataque de hackers".

Um dos especialistas que trabalha na defesa cibernética da Olimpíada contou à Folha que foi detectada a união de vários hackers para um ataque maciço ao evento. A descoberta aconteceu através do monitoramento na web.

Os especialistas constataram que os hackers vêm buscando possíveis brechas nos sites oficiais para invadi-los. Para proteger a rede da Olimpíada, o governo federal gastou algo em torno de R$ 14 milhões.

"Qualquer invasão causa um impacto gigantesco. É preciso união. Apenas com ações conjuntas entre governo, empresas e academia se alcança um patamar para se evitar essas ações", explica Rafael Vulej, especialista em inteligência cibernética.

A defesa do espaço virtual dos Jogos é feita por agentes do Exército, da Polícia Federal e do COI (Comitê Olímpico Internacional). No momento, 200 profissionais atuam 24h para evitar a invasão dos sistemas.

A preocupação maior está voltada para a página oficial da Rio-2016. Nela, além de informações sobre os Jogos, ainda se comercializa ingressos. Qualquer invasão poderia trazer um estrago considerado incalculável para o evento.

Entre os sites fora do ar estão os da Ouvidoria de Polícia do Rio (ouvidoriadepolicia.rj.gov.br), o da Comlurb (comlurbnet.rio.rj.gov.br), a companhia de limpeza da prefeitura, e o do ISP (isp.rj.gov.br), Instituto de Segurança Pública do Rio, que traz as estatísticas de violência do Estado.

Ao reivindicar os ataques, o Anonymous divulgou um comunicado em que relata que "a imprensa vende a ilusão que toda a cidade comemora e festeja a recepção de turistas de todos os cantos do planeta".

"Essa falsa felicidade esconde o sangue derramado no subúrbio", diz o coletivo de hackers, que cita ainda o alto índice de mortes, principalmente de jovens em confrontos com a polícia do Rio.

Respondendo pelo governo do Rio, o Proderj afirmou que trabalha em caráter emergencial para normalizar o acesso às páginas o mais rápido possível. Procurada, a Prefeitura do Rio não se pronunciou.

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