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Seleção feminina sofre com fantasma do passado e perde a 1ª no handebol

No esporte, há times que fazem as jogadoras reviverem experiências negativas do passado. E eles estiveram presentes na quadra da Arena do Futuro, na Rio-2016, nesta quarta-feira (10) pela manhã. A seleção feminina do Brasil perdeu para a Espanha por 29 a 24 e foi derrotada pela primeira vez no torneio olímpico de handebol.

"A Espanha é um fantasma do passado, que está engasgado na nossa garganta", afirma Daniela Piedade, uma das pivôs da seleção brasileira.

Nas quartas de final do Mundial de 2011, as espanholas venceram o Brasil por 27 a 26, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, e despacharam o time brasileiro da competição.

Depois disso, o Brasil até foi campeão mundial em 2013, mas, segundo as jogadoras da seleção, jogar contra a Espanha tem sido sempre duro.

"Deu tudo certo para elas. Cometemos erros na defesa e no ataque", analisou Fabiana Diniz.

"Nossa defesa não encaixou, e se tivéssemos um aproveitamento 50% melhor no ataque, teríamos ganhado o jogo", disse Ana Paula Rodrigues, uma das principais jogadoras da seleção brasileira.

A análise da experiente atleta mostra que o Brasil esbarrou na defesa adversária, mas também abriu espaços atrás, contra um habilidoso time espanhol.

"Marcamos muito bem, além da conseguir variar bem as jogadas na frente", resumiu Alexandrina Cabral, jogadora da Espanha nascida em Lisboa, Portugal. Com seis gols, ela foi a segunda goleadora da Espanha no jogo.

As estatísticas da partida mostram a grande atuação da goleira Silvia Navarro, com seus 1,69 m. "Sou muito baixa, então procuro compensar isso saltando bastante". No jogo, o aproveitamento da jogadora foi de 66%, altíssimo para uma partida de handebol.

"Ela teve realmente uma boa atuação, mas também fizemos muitos arremessos de meia altura, que é mais fácil para a goleira defender", comentou a goleira do Brasil Mayssa Pessoa. Ela teve 33% de aproveitamento na partida.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

O técnico brasileiro, Martin Soubak, dinamarquês de nascimento, diz que é difícil avaliar se o Brasil perdeu mais por causa das falhas na defesa ou no ataque, mas dá uma pista de qual deve ser a conversa com as jogadoras.

"Tomamos 29 gols e perdemos. Na estreia tomamos 28 e ganhamos, contra 13 no segundo jogo. Está claro que a defesa precisa melhorar", afirmou.

O Brasil volta à quadra na sexta-feira (12), às 9h30, contra a surpreendente seleção de Angola, que ganhou os seus dois jogos até agora e disputará sua terceira partida, contra a Noruega, ainda nesta quarta-feira.

O Brasil tem duas vitórias e uma derrota, a perda da invencibilidade não deve prejudicar a classificação da seleção brasileira para a fase eliminatória. "Vai ficar mais emocionante", avisa Mayssa.

Brasileiros na Rio-2016

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