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Todo mundo esperava mais do judô brasileiro, diz Camilo após derrota

Eliminado nesta quarta-feira (10) na categoria médio (até 90 kg), Tiago Camilo afirmou que o Brasil obteve até agora resultado abaixo do esperado no judô.

A equipe conseguiu uma medalha de ouro, com Rafaela Silva na categoria meio leve (até 57 kg), mas teve outros nove fora do pódio.

"Todo mundo esperava mais do judô brasileiro. É justo, pelo talento que os atletas do Brasil têm. A gente poderia ter escrito uma história diferente nos dias que se passaram. O judô brasileiro é mais do que apresentamos aqui. Poderíamos ter mais medalhas. Mas não aconteceu", disse Camilo, após a derrota para o azeri Mammadali Mehdiyev nas oitavas de finais.

Júlio César Guimarães/NOPP
O judoca brasileiro Tiago Camilo durante derrota na Rio-2016
O judoca brasileiro Tiago Camilo durante derrota na Rio-2016

A CBJ (Confederação Brasileira de Judô) considera que o resultado está abaixo da expectativa. Nesses cinco dias de competição, entraram no tatame quatro atletas que a entidade via como potenciais medalhistas (Sarah Menezes, Érika Miranda, Rafaela Silva e Victor Penalber). Contava ainda com uma recuperação de Felipe Kitadai, medalhista de bronze em Londres-12, que vem de um ciclo olímpico instável.

Os quatro atletas que entram no tatame na quinta (11) e sexta-feira (12) têm alguma chance de medalha, na avaliação da CBJ. O destaque é para a meio-pesado Mayra Aguiar, que se não for ao pódio é considerado um mau resultado.

Um dos carros-chefes da delegação brasileira em Olimpíadas, a equipe de judô tem uma meta "maleável" de medalhas para a Rio-16.

Em vez de estipular um número mínimo de pódios, como costumava fazer, a CBJ quer uma evolução quantitativa ou qualitativa em relação a Londres-2012. Ou seja, se obtiver um ouro e uma prata, a meta será atingida por superar qualitativamente o ouro e os três bronzes de quatro anos atrás.

A mudança de critério foi feita a pedido dos atletas, que se sentiam pressionado nos últimos dias. A meta em Londres-12 só foi batida na última categoria em disputa, a pesado (mais de 100 kg), com Rafael Silva.

"Os atletas não podem entrar nessa cobrança de ter que dar o resultado para cumprir uma meta. Cada um tem que lutar por si, como planejou. Sempre vai existir pressão no esporte competitivo. Cabe ao atleta lidar com isso e transformar como um combustível", disse Camilo, medalhista em Sydney-00 e Pequim-08.

Ele afirmou que ainda pretende disputar o Mundial de 2017, mas descartou ir para Tóquio-2020. Após a derrota, o brasileiro teve o nome gritado pela torcida na Arena Carioca 2.

"Foi um reconhecimento de tudo que fiz no esporte. Queria ter dado mais alegrias para ele com a conquista da medalha. Nada vai apagar o que construí, mas poderia ter sido melhor", disse ele.

A judoca Maria Portela também foi eliminada nas oitavas de finais. Ela perdeu para a austríaca Bernardette Graf no golden score, após sofrer uma punição.

"Tomei uma decisão errada ao tentar surpreender ela. Acabou que a minha mão não chegou do jeito que deveria. Tenho consciência que esse golpe é perigoso em relação a isso. Mas é um golpe que tenho forte. Foi uma tentativa que acabou dando errado", disse Portela.

Nesta quinta-feira (11), disputam a medalha Mayra Aguiar e Rafael Buzacarini pela categoria meio-pesado (até 78 kg e 100 kg, respectivamente).

Brasileiros na Rio-2016

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