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Parque Olímpico conquistou a preferência dos torcedores

Uma espécie de Disney World esportiva é a comparação que se pode fazer do Parque Olímpico da Barra da Tijuca nestes cincos primeiros dias de competições.

Levantamento feito pela Folha mostra que principalmente nas arenas dos esportes coletivos, como basquete e handebol, dentro do complexo da Barra, a ocupação das arquibancadas tem sido entre 60% e 70%.

Até o polo aquático, pela tradição do esporte no Rio de Janeiro, tem chamado bastante a atenção do público. No jogo entre Brasil e Austrália, no fim de semana, a ocupação era mais de 80%.

Domingo, depois das falhas e filas que prejudicaram muito o público no sábado, primeiro dia de competição, foi o pico da ocupação.

Laszlo Balogh/Reuters
Brasileiro Felipe Perrone durante partida entre Brasil e Austrália no polo aquático
Brasileiro Felipe Perrone durante partida entre Brasil e Austrália no polo aquático

Mas mesmo durante a semana, os lugares vazios têm sido menores do que os cheios.

No jogo do basquete masculino entre Brasil e Lituânia, às 14h15 de terça-feira (9), 80% dos lugares estavam cheios. A Arena Carioca 1 tem capacidade para 16 mil lugares.

Ao lado do basquete, na Arena do Futuro, onde estão sendo disputados os torneios masculino e feminino de handebol, a torcida também tem marcado presença, mesmo em jogos que não são do Brasil.

As arquibancadas acomodam 12 mil pessoas e, pelo menos 60% disso tem ficado ocupado na maioria dos jogos.

As arenas de tênis, depois das primeiras rodadas, também estão com 80% de ocupação. Em grandes jogos, como os da já eliminado Novak Djokovic, as arquibancadas estavam quase 100% cheias.

Assim como na Disney sempre tem os marinheiros de primeira viagem que querem ver e descobrir tudo, no Parque Olímpico da Rio-2016, uma das sedes dos Jogos, ocorre praticamente a mesma coisa.

Não é raro, por exemplo, encontrar brasileiros assistindo, pela primeira vez na vida, uma luta de esgrima, que não tem recebido um público tão alto como nos esportes coletivos. Sem entender direito o que está ocorrendo.

E gritando, por exemplo ,"fura ele, fura ele".

Ou até mesmo procurando saber um pouco mais do handebol. Se o fato de existir o gol sempre ajuda para um país futebolístico, nuances da regra costumam ser mais difíceis para um torcedor de primeira viagem compreender.

Como o fato de jogadora poder ser "expulsa" por dois minutos e depois voltar.

Eder Fantoni/Folhapress
Torcida da Lituânia estende faixas pelo ginásio no jogo contra o Brasil
Torcida da Lituânia estende faixas pelo ginásio no jogo contra o Brasil

"Entendia pouco as regras. Mas as pessoas ao redor ajudavam", brinca Thais Ferreti, hoteleira, que aproveitou um momento de folga no trabalho para assistir ao jogo entre Brasil e Espanha no torneio de handebol feminino.

"Achei ótima a energia, as pessoas felizes e patriotas", afirma Ferreti que, pela segunda vez na vida, assistiu a uma partida de handebol ao vivo.

Até agora, em praticamente todos os esportes, de Michel Phelps, na natação, ao grego Elefterios Petrounias, na ginástica artística, os elogios ao público brasileiro, que tem torcido pelas seleções e pelos atletas olímpicos, tem sido muito maior do que as reclamações.

Todos estão adorando o barulhos das arenas.

Se bem que, na ginástica, onde parece estar sempre um público que conhece o esporte, e não vaia, por exemplo, os adversários do Brasil, silêncio, às vezes, para ver o show de Simone Biles e outros ginastas importantes, tem aparecido quando a ocasião exige. A arena da ginástica tem recebido mais de 10 mil pessoas todos os dias, para uma capacidade de 12 mil pessoas.

Fora dos esportes coletivos, e nos inusitados, a curiosidade também existe, mas a ocupação das arenas é bem menor. Ontem pela manhã, por exemplo, nas provas de levantamento de peso, não havia praticamente ninguém.

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