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'Baixinhos' iniciam hoje busca pelo pódio nos 50 m livre da natação

Satiro Sodré/SSPress/Divulgação
Italo Duarte durante o Troféu Maria Lenk
Italo Duarte durante o Troféu Maria Lenk

Quando os velocistas olímpicos brasileiros se alinham para largar na beira da piscina, a diferença fica visível. Num cenário em que a regra são homens muito altos, Bruno Fratus, 27, e Ítalo Duarte, 24, destoam dos rivais.

Não que sejam baixinhos para os padrões nacionais —a média do brasileiro é 1,73 m. Mas estão centímetros abaixo dos grandes nomes de hoje e da história.

Fratus é o mais alto dos dois, 1,87 m, mas menor do que o atual campeão olímpico, o francês Florent Manaudou, que tem 1,99 m. Ítalo é "baixinho" mesmo para a natação: 1,80 m.

Para manter a tradição de finais e pódios do Brasil na prova mais rápida da natação, eles trabalham para transformar o que parece desvantagem em qualidade na hora de nadar.

O nadador mais baixo a subir ao pódio dos 50 m livre em Olimpíadas foi o russo Gennadiy Prigoda, com 1,80 m, bronze em Seul-88, ano em que a prova estreou nos Jogos.

Danilo Verpa/Folhapress
Bruno Fratus durante treino de preparação da seleção brasileira de natação para a Rio-2016
Bruno Fratus durante treino de preparação da seleção brasileira de natação para a Rio-2016

Desde então, todos os medalhistas tiveram mais 1,90 m. O bicampeão olímpico Alexander Popov, da Rússia, tido como um dos melhores velocistas de todos os tempos, tem 1,97 m. Cesar Cielo, nosso último medalhista olímpico na prova, 1,95 m.

Ítalo conquistou a segunda vaga do Brasil nos 50 m livre, que tem classificatório nesta quinta (11), no Estádio Aquático do Rio, a partir das 13h03. Deixou para trás justamente Cielo, campeão em Pequim-2008.

O nadador é conhecido como Ligeirinho, em alusão à velocidade de suas braçadas. Isso tem a ver com o seu tamanho. Como é menor, ele precisa girar o braço mais vezes para se deslocar do que os atletas com grande envergadura.

Nadadores menores costumam ser mais coordenados do que os grandalhões. Eles precisam ter uma frequência de braçadas mais alta para compensar o tamanho menor.

Os altos geralmente são menos coordenados, mas têm uma alavanca maior, isto é, conseguem puxar mais água por causa do tamanho de sua envergadura. Por isso, os "baixinhos" acabam se desgastando mais.

Editoria de Arte/Folhapress
ENTRE GIGANTES Os brasileiros na final dos 50 m livre
Os brasileiros na final dos 50 m livre

RANKING DOS MEDALHISTAS POR ALTURA
1 - Amaury Leveaux (França) - 2,02 m
2 - Matt Biondi (EUA) - 2,01 m
3 - Florent Manaudou (França) - 1,99 m
4 - Gary Hall Jr. (EUA) - 1,98 m
5 - Alexander Popov (CEI*/Rússia) - 1,97 m
6 - Duje Draganja (Croácia) - 1,96 m
7 - Alain Bernard (França) - 1,96 m
8 - Cullen Jones (EUA) - 1,96 m
9 - Cesar Cielo (Brasil) - 1,95 m
10 - Fernando Scherer (Brasil) - 1,93 m
11 - Pieter van den Hoogenband (Holanda) - 1,93 m
12 - Tom Jager (EUA) - 1,91 m
13 - Anthony Ervin - 1,91 m
14 - Roland Mark Schoeman (África do Sul) - 1,90 m
15 - Gennadiy Prigoda (URSS) - 1,80 m

Brasileiros na Rio-2016

NA TV
Eliminanatórias 50 m livre

13h03 ESPN e SporTV

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