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Desde 1968, no México, país-sede não começa os Jogos tão mal como o Brasil

A última vez que um país-sede da Olimpíada teve, nos cinco primeiros dias de competição, um desempenho pior que o do Brasil foi há 48 anos.

Em 1968, na Cidade do México, o México conquistou apenas um bronze no mesmo período.

desempenho país-sede nos cinco primeiros dias dos Jogos

Com performance decepcionante, os brasileiros haviam conseguido apenas duas medalhas até esta quarta (10): uma de ouro, com a judoca Rafaela Silva, e uma de prata no tiro esportivo, com Felipe Wu.

No mesmo período de cinco dias após a abertura dos Jogos, os países-sede costumam mostrar um belo cartão de visitas.

Em 2012, o Reino Unido conquistou oito medalhas nesse intervalo. Em 2008, a China conseguiu 26.

Em 1980, aconteceu a performance mais impressionante: em Moscou, os soviéticos acumularam 50 pódios logo no período.

Até mesmo os gregos, que sediaram os Jogos de Atenas-2004 e que, nos últimos anos, costumam ficar atrás do Brasil no quadro de medalhas, foram anfitriões mais ameaçadores nos primeiros dias de competição. Conseguiram também duas medalhas, mas ambas de ouro.

MEXICANOS SUPERARAM LARGADA RUIM

Em 1968, na Cidade do México, os anfitriões conseguiram apenas um bronze no período de cinco dias após a abertura.

Entretanto, a história daqueles Jogos, os únicos a serem organizados por um país latino-americano antes de 2016, pode servir de consolo para os brasileiros.

Apesar da largada ruim, os donos da casa conseguiram se recuperar e terminaram com sua melhor participação na história das Olimpíadas: nove medalhas, três de cada cor, feito que não igualaram até hoje.

O Brasil também é um pouco prejudicado na comparação por causa das modalidades em que tem maiores chances de pódio. O país costuma se sair melhor em esportes coletivos, como vôlei e futebol, cujas finais são agendadas perto do fim da competição.

Na maioria dos casos, os países costumam ter desempenhos melhores quando sediam a Olimpíada. Levantamento feito pela Folha mostra que, em média, organizar os Jogos rende 13 medalhas a mais que na edição imediatamente anterior.

Para cumprir a regra, a delegação brasileira precisa reagir —e os mexicanos de 1968 podem servir como uma boa fonte de inspiração.

Brasileiros na Rio-2016

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