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'Manifestação se faz lá fora, aqui dentro não', diz técnico do vôlei feminino

Nos últimos minutos da vitória do Brasil sobre o Japão, por 3 a 0, nesta quarta-feira, alguns torcedores na parte superior da arquibancada do Maracanãzinho começaram a gritar "Fora, Temer".

A manifestação logo foi suprimida pelos gritos de comemoração dos pontos decisivos do jogo e, posteriormente, pela grande festa que sempre toma conta do ginásio no final das partidas de vôlei do Brasil.

Após o jogo, o técnico José Roberto Guimarães disse que não ouviu os gritos mas criticou a atitude dos torcedores que promovem manifestações políticas nas arenas dos Jogos Olímpicos.

"O juiz foi infeliz quando deu a permissão [para manifestações políticas]. Bota fora, tem tanto lugar para se fazer. Não precisa ser nas áreas esportivas. Vai para praça, vai para Praça 15. Não ouvi e não vejo nada. Não sei onde estão. Manifestação política faz lá fora, aqui dentro não", afirmou Zé Roberto, em tom de irritação.

Além de Zé Roberto, a judoca Rafaela Silva, que conquistou o primeiro ouro do Brasil na Olimpíada, também já havia afirmado que não concorda com protestos políticos durante as competições.

O juiz federal substituto João Augusto Carneiro Araújo, do Rio de Janeiro, deu uma decisão liminar (provisória) na noite desta segunda-feira (8) liberando manifestações políticas "pacíficas" durante a Olimpíada, proibindo a repressão e retirada de manifestantes.

A decisão do juiz da 12ª Vara Federal do RJ é em resposta a um pedido do Ministério Público Federal contra a União, o Estado do Rio e o Comitê Organizador da Rio-2016. Foi proferida às 20h31 desta segunda.

Como é uma decisão liminar de primeira instância, ainda cabe recurso a instâncias superiores. Por envolver um tema da Constituição, é possível que o caso venha a ser analisado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Brasileiros classificados para a Olimpíada

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