A piscina do Parque Aquático Maria Lenk, que recebe provas de polo aquático, nado sincronizado e saltos ornamentais, mais uma vez amanheceu verde nesta sexta-feira (12). A promessa do Comitê Rio-2016 era de que ela voltasse a sua cor normal na última quinta-feira (11), o que não aconteceu.
Não há ainda prazo para que o problema seja resolvido. Segundo os organizadores, muitos profissionais trabalham para melhorar o problema mais rápido possível. Os treinos de saltos ornamentais previstos para a manhã desta sexta foram cancelados em razão do tratamento feito na água.
O diretor de comunicação do Rio-2016 voltou a dizer que não há nenhum risco à saúde dos atletas.
"Descobrimos, entre outras coisas, que a química que não é uma ciência exata. A piscina amanheceu hoje [sexta] melhor, estamos trabalhando para que tudo fique certo o mais rápido possível. O problema era mais complexo do que pensamos, mas está tudo sendo feito. A piscina vai ficar em ordem o mais rápido possível", afirmou Mário Andrada, diretor de comunicação da Rio-2016.
"A gente desde o primeiro dia disse que houve um problema de manutenção. Admitimos essa questão. A chuva não está ajudando", completou.
Alguns atletas de polo aquático da Austrália reclamaram de ardência nos olhos. Médicos que atenderam os jogadores não viram ligação com a cor da água.
O Comitê Organizador Rio-2016 afirmou que a razão para a alteração foi uma proliferação de algas causada pelo calor e pela falta de vento.
Segundo o comitê, testes mostram que a qualidade da água não está comprometida.
Em nota, a Fina (federação internacional de natação) afirmou que produtos químicos vazaram dos tanques de água, alterando o PH e a cor da água.
"A Fina pode confirmar que a cor incomum da água observado durante as competições de saltos ornamentais na Rio-2016 se deu porque alguns produtos químicos dos reservatórios de água utilizados no processo de tratamento de água vazaram para a piscina. Como resultado, o PH da água estava fora do valor habitual, fazendo com que houvesse a descoloração".
A entidade disse ainda que não há risco para a saúde dos atletas.
"A Fina conduziu testes na qualidade da água e concluiu que não há risco para a saúde ou segurança dos atletas, e não há razão para a competição ser afetada", afirmou.