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Duplas femininas do vôlei de praia vencem e avançam às quartas de final

Marcio Jose Sanchez/Associated Press
Larissa comemora ponto observada por Talita em vitória sobre sobre dupla holandesa
Larissa comemora ponto observada por Talita em vitória sobre sobre dupla holandesa

Com vitórias tranquilas, as duas duplas femininas do Brasil passaram às quartas de final do vôlei de praia dos Jogos Olímpicos. As duas duplas masculinas jogam neste sábado pelas oitavas de final.

Melhor dupla no índice técnico das 24 que disputaram a primeira fase do feminino, Larissa Maestrini e Talita Rocha classificaram-se para as quartas de final ao vencer por sets a 2 a 0, com parciais de 21/17 e 21/19 as alemãs Karla Borger/Britta Büthe no final da tarde, na arena de Copacabana. A dupla brasileira espera agora a parceria vencedora do confronto entre as holandesas Meppelink/Van Iersel e as suíças Heidrich/Zumkehr.

Larissa e Talita tiveram maior facilidade no primeiro set, que lideraram de ponta a ponta. Na segunda parcial, as alemãs chegaram a abrir três pontos de vantagem, mas Larissa e Talita se recuperaram e venceram.

"Estava ventando bastante e elas souberam se aproveitar bem disso. Nós tivemos paciência, porque sabíamos que também poderíamos nos beneficiar do vento, quando soprasse a nosso favor. Foi um jogo de paciência", disse Talita.

O vento na quadra chegou a 14km/h, velocidade baixa para outros dias do torneio. Mas a arena de Copacabana foi construída com três arquibancadas muito altas e um dos lados da quadra totalmente aberto e voltado para o mar. Os jogadores reclamam que o vento costumar rodar em quadra, dificultando a aproximação das bolas.

Eliminadas, Borger e Büthe deixaram a quadra chorando. "É a paixão pelo esporte. Tivemos a chance de ganhar, mas ficamos no quase. Estamos emocionadas, mas fizemos o que podíamos", disse Büthe.

Em um momento do segundo set, as alemães fizeram 12 a 9 no placar. As brasileiras pediram tempo e pararam o jogo. Sentaram-se lado a lado, beberam água e isotônico para repor líquido e sais minerais, mas não trocaram nenhum palavra. Na volta à quadra, viraram o jogo.

"Não precisamos falar nada. Nos comunicamos por telepatia", disse Larissa. "Basta um olhar, um toque. Sabíamos que precisávamos de paciência e tranquilidade. O silêncio foi isso."

Adrees Latif/Reuters
Bárbara Seixas (dir.) e Ágatha Rippel comemoram ponto em vitória contra chinesas nas oitavas de final da Olimpíada
Bárbara Seixas (dir.) e Ágatha Rippel comemoram ponto em vitória contra chinesas nas oitavas de final da Olimpíada

AGATHA/BÁRBARA

Coube às brasileiras Ágatha Rippel e Bárbara Seixas o jogo de abertura da disputa das oitavas nesta sexta pela manhã. Obtiveram a classificação ao vencer por 2 a 0, com parciais de 21/12 e 21 a 16 as chinesas Wang Fan/Yue Yuan. Elas esperam a dupla vencedora do jogo entre as espanholas Liliana/Elsa e as russas Ujukiva/Birlova, marcado para a noite desta sexta-feira.

As brasileiras só souberam que jogariam contra as chinesas no final da noite de quinta-feira. O comitê organizador realizou às 23h30 o sorteio das chaves das oitavas de final e, em seguida, recolheu pleitos de emissoras de televisão do mundo inteiro sobre jogos que pretendiam transmitir ao vivo. A partir desses pedidos, foi montada a tabela dos jogos.

"É uma falha não sermos informadas com antecedência maior, mas sabemos que esse tipo de situação extracampo não depende de nós e envolve interesses maiores", disse Bárbara, 29.

"Nós nos preparamos muito para cada jogo. Temos vários rituais antes de entrar em quadra. Assim que soubemos o adversário e o horário fomos tentar dormir e imaginar que o outro time também não tinha o tempo que desejava. Seria um jogo de igual para igual. Acordamos às 6h para estudar a dupla chinesa. Faz muita diferença saber o caminho das pedras, não entrar na loucura", declarou Ágatha, 33.

Antes de dormir, as brasileiras assistiram pela televisão à partida do vôlei masculino brasileiro contras os EUA e a fracassada tentativa de medalha de Thiago Pereira na natação. As atletas estão concentradas no centro de treinamento do Exército, na Urca.

As brasileiras entraram em quadra sob chuva fina e temperatura de 20º C, mais baixa do que a média carioca. "Quando vimos o tempo, ficamos repetindo: adoramos jogar com chuva! Tem que entrar achando tudo lindo", declarou Bárbara.

Em apenas 42 minutos, Ágatha e Bárbara liquidaram o jogo, tendo o controle da partida em todo o tempo. "O placar foi muito assertivo", disse Ágatha. "Houve uma combinação de concentração e atitude. Pressionamos o tempo todo, deixando-as inseguras", avaliou Bárbara.

As brasileiras dizem não ter preferência por russas ou espanholas nas quartas-de-final. Na primeira fase, perderam para Liliana/Elsa por 2 a 0 (17/21 e 20/22).

"Perdemos na hora em que podíamos perder. Foi um aprendizado. Nosso torneio é mais longo e nos dá a oportunidade de enfrentar um time para o qual perdemos, fazendo tudo diferente na segunda chance", declarou Bárbara.

A torcida, que ocupava cerca de 70% dos 12 mil lugares da arena, mais uma vez foi fator importante na vitória, de acordo com as jogadoras. "A torcida quase que defendia para mim as bolas. Está tudo muito mágico. Vamos aproveitar porque passa muito rápido. A gente trabalha tanto para estar entre os melhores do mundo e quando se dá conta percebe que já passou metade da olimpíada", afirmou Bárbara.

Pelo chaveamento da competição, as quatro duplas brasileiras, duas do masculino e duas do feminino, têm chances de se encontrar somente na disputa da medalha de ouro, caso vençam todos os seus jogos. Alisson e Bruno jogam no sábado às 11h contra os espanhóis Herrera/Gavirria. Pedro/Evandro enfrentam os russos Liamin/Barsuk às 16h.

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