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Academia em Salvador torna a Bahia o berço do boxe brasileiro há doze anos

Três dos nove representantes brasileiros do boxe na Rio-2016 se formaram na mesma academia, a Champions, que fica no bairro da Cidade Nova, na periferia de Salvador. Na história da Olimpíada, a Bahia é há doze anos o principal Estado a fornecer atletas para o esporte no país.

Ao todo, nada menos que 11 boxeadores que foram aos Jogos Olímpicos saíram da academia Champions, comandada pelo treinador Luiz Dórea. Ele é tido como uma espécie de Midas por revelar nomes importantes da luta no Brasil.

O primeiro foi Joílson Santana, que disputou a Olimpíada de Seul, em 1988. O treinador, além dele, formou o tetracampeão mundial Acelino Popó Freitas e integrantes dos times masculino e feminino do país na Rio-2016.

Treinados por Dórea, Robson Conceição, 27 anos, conquistou medalha de ouro na categoria peso leve (até 60 kg). Foi a primeira do Brasil no esporte.

Peter Cziborra/Reuters
2016 Rio Olympics - Boxing - Quarterfinal - Men's Light (60kg) Quarterfinals Bout 136 - Riocentro - Pavilion 6 - Rio de Janeiro, Brazil - 12/08/2016. Hurshid Tojibaev (UZB) of Uzbekistan and Robson Conceicao (BRA) of Brazil compete. REUTERS/Peter Cziborra FOR EDITORIAL USE ONLY. NOT FOR SALE FOR MARKETING OR ADVERTISING CAMPAIGNS. ORG XMIT: OLYDH167
Robson Conceição golpeia o uzbeque Hurshid Tojibaev na Rio-2016

A Champions funciona como projeto social e atendeu cerca de seis mil crianças e adolescentes nas últimas três décadas com aulas gratuitas de boxe. O projeto é mantido por Dórea com recursos próprios e com a ajuda de ex-alunos.

"É quase um milagre formar tantos atletas de nível sem nenhum apoio do poder público. Conseguimos fazer da Bahia o coração do boxe no Brasil", diz Dórea, que foi treinador da seleção brasileira de boxe em Atenas-2004 e Pequim-2008.

DESTAQUE BAIANO

A Bahia teve destaque em quase todas das últimas participações do boxe brasileiro na Olimpíada. Nos últimos quatro Jogos —Rio, Londres, Pequim e Atenas— 17 das 30 convocações foram direcionadas a atletas do Estado. Alguns, por mais de uma vez.

Em Londres-2012, Adriana, nascida em Salvador, conquistou a medalha de bronze. E assim como ela, os soteropolitanos Conceição, Erika Matos e Everton Lopes, além de Robenilson, de Boa Vista do Tupim (no interior da Bahia), compuseram a equipe de dez atletas.

Peter Cziborra/Reuters
2016 Rio Olympics - Boxing - Preliminary - Women's Light (60kg) Round of 16 Bout 131 - Riocentro - Pavilion 6 - Rio de Janeiro, Brazil - 12/08/2016. Mira Potkonen (FIN) of Finland celebrates after winning her bout against Adriana Araujo (BRA) of Brazil. REUTERS/Peter Cziborra FOR EDITORIAL USE ONLY. NOT FOR SALE FOR MARKETING OR ADVERTISING CAMPAIGNS. ORG XMIT: OLYDH121
A brasileira Adriana Araújo perde para Mira Potkonen, da Finlândia, na Rio-2016

Na mesma edição dos Jogos, os irmãos Esquiva (capixaba) e Yamaguchi Falcão (paulista) foram responsáveis por uma prata e um bronze, respectivamente.

Quatro anos antes, em Pequim, cinco dos seis boxeadores brasileiros na Olimpíada eram oriundos do Estado nordestino: além de Robenilson, Paulo Carvalho, Everton Lopes e Conceição, Washington Silva, dos meio-pesados (81 kg), também marcou presença.

Em Atenas-2004, mais um evento em que os baianos foram predominantes: Silva, Alessandro Matos e Edvaldo de Oliveira (o "Badola") compuseram a equipe de cinco boxeadores.

Já em Sidney-2000, dos seis atletas, dois eram de Cruz das Almas, no recôncavo baiano: Cleiton Conceição e Valdemir Pereira, o "Sertão".

Em Sidney, Atenas e Pequim o boxe brasileiro não obteve medalhas.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

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