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Após duas prorrogações, Brasil perde da Argentina e fica em situação crítica

Em um jogo tenso, decidido somente após duas prorrogações, a seleção brasileira masculina de basquete foi derrotada pela Argentina por 111 a 107, neste sábado (13), pela penúltima rodada do Grupo B da Rio-2016, e está, agora, em uma situação crítica, muito próxima da eliminação.

O Brasil chegou a estar vencendo a partida por três pontos de vantagem nos instantes finais do duelo. Porém, a três segundos do fim, o ala Andrés Nocioni acertou um arremesso de três pontos e mandou o jogo para a prorrogação. A bola pegou quatro vezes no aro e uma na tabela antes de cair.

Na prorrogação, as bolas de três voltaram a fazer a diferença para o time visitante.

Nocioni foi o cestinha da partida com 37 pontos. Pela seleção da casa, o pivô Nenê fez 24.

Com três derrotas em quatro jogos, o Brasil precisa vencer a sua última partida na competição, contra a Nigéria, na próxima segunda-feira (15), às 14h15 (de Brasília), novamente na Arena Carioca 1, e torcer para que a Espanha perca para a Argentina, na segunda (15).

Nesta colocação, porém, o adversário das quartas de final será os Estados Unidos, que são os grandes favoritos pela medalha de ouro, estão invictos na Olimpíada do Rio e não perdem uma partida desde 2006.

Antes da partida deste sábado, a equipe treinada pelo técnico argentino Rubén Magnano já havia sido derrotada por Lituânia, na estreia, e Croácia. Até aqui, só conseguiu bater a Espanha.

A Argentina, por sua vez, já está classificada para a próxima fase. O time comandado pelo técnico Sergio Hernández soma três vitórias (além do Brasil, ganhou da Nigéria e da Croácia) e uma derrota (perdeu para a Lituânia).

Brasil e Argentina entraram em quadra sob um clima de muita tensão. Não era para menos, já que a partida era considera pelos brasileiros como "vida ou morte", sem contar na rivalidade que envolvia o confronto.

O risco de novos conflitos entre torcedores brasileiros e argentinos levou os responsáveis pela segurança da Olimpíada a reforçarem o policiamento em todo o Parque Olímpico da Barra.

A decisão foi tomada por conta da crescente animosidade vista nas arquibancadas, que culminou em uma briga de dois torcedores na partida de tênis entre o português João Sousa e o argentino Juan Martin Del Potro, na segunda (8).

Porém, nas arquibancadas, a grande maioria se comportou, com exceção de dois brasileiros que foram retirados por causa de uma discussão. Os outros ficaram apenas na disputa de cantos. Como esperado, os argentinos compareceram em bom número, mas foram completamente abafados pelos brasileiros.

Antes do início do duelo, os capitães das duas seleções, o brasileiro Marcelinho Huertas e o argentino Luis Scola, foram chamados ao centro da quadra para pedir paz entre os torcedores.

"Em nome do Brasil e da Argentina, somos irmãos latino-americanos e vamos viver o espírito olímpico", disse Huertas. Scola foi vaiado antes de falar no microfone, mas acabou aplaudido pelo público presente a pedido do armador.

Em quadra, o Brasil sofreu com os arremessos da linha de três pontos dos argentinos no primeiro quarto. De dez, acertaram seis. 

A seleção da casa só melhorou no segundo período, quando impôs o seu ritmo e fez 33 pontos. Foi o melhor desempenho da equipe em um quarto nesta Olimpíada em termos de pontuação. Com um aproveitamento tão bom, o time inflamou a torcida e foi para o vestiário com oito pontos de vantagem.

Depois do intervalo, os dois times fizeram um jogo muito parelho. Os argentinos apostavam, ainda, nos arremessos da linha de três pontos. Já o Brasil, nas bolas no garrafão para Nenê.

No fim, foi justamente uma bola de três que mandou o jogo para a prorrogação. Nocioni não perdoou um erro de marcação da equipe de Magnano, deixou tudo igual no placar e levou a partida para a prorrogação.

Em um jogo muito equilibrado, a Argentina chegou a abrir seis pontos no segundo tempo extra. O Brasil conseguiu baixar para três faltando apenas três segundos para o fim e viu os argentinos errarem dois lances livres. Porém, em uma falha no rebote, permitiu que Ginóbili pegasse a bola e decretasse o triunfo argentino.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

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