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Brasileiros e argentinos assistem a jogo em clima pacífico no Boulevard Olímpico

Apesar das preocupações com relação à rivalidade entre brasileiros e argentinos, o clima no Boulevard Olímpico, no centro do Rio, foi de festa durante a partida em que a Argentina venceu o Brasil por 111 a 107.

A tarde de sol forte e céu azul atraiu milhares de pessoas para o centro da cidade, gerando longas filas para entrada nas casas temáticas dos países instaladas na região.

Um grupo de seis argentinos assistiu ao jogo na grade em frente ao palco onde um dos telões estava instalado, na Praça Mauá.

"Essa rivalidade existe porque os países são próximos e é mais forte no futebol. Mas isso não pode chegar aos outros esportes. No basquete, a gente torce lado a lado sem nenhum problema", disse o jornalista Fernando Torok, 23, que mora em Buenos Aires e vai ficar no Rio até o próximo fim de semana.

Alfredo Mergulhão/Folhapress
LIVE Brasileiros comemoram virada do Brasil sobre a Argentina, no Boulevard Olímpico, no centro do Rio. O público assiste o jogo sol forte da tarde deste sábado.
Público assiste ao jogo de basquete entre Brasil e Argentina

O gerente comercial Alejandro Rey, 37, também elogiou o comportamento das duas torcidas. Ele chegou de Buenos Aires no último domingo e disse que está se sentindo em casa. "Nós somos mais que vizinhos, somos irmãos. A rivalidade tem que ser respeitosa e saudável", disse.

O advogado carioca Bruno Bragato, 35, usou o uniforme da seleção argentina de futebol para reforçar que defende o clima pacífico entre as duas torcidas.

"Eu tenho camisas de várias seleções, mas escolhi essa pelo espírito olímpico. Eu vinha acompanhando o noticiário e o clima não estava bom entre as duas partes. Mas isso não faz o menor sentido", afirmou.

No entanto, também há críticas ao comportamento dos torcedores de cada lado. O consultor em finanças Germán Martinez, 33, mora em São Paulo há dois anos acredita que o problema vêm da Copa do Mundo.

"Eu acho meio infantil a atitude de muitos brasileiros que vaiam os argentinos. Na abertura da olimpíada, havia muitos atletas amadores, que deram a vida para estar ali. Eles não merecem esse tratamento", afirmou.

"Para mim, o brasileiro trouxe para o presente a rivalidade da Copa, quando os argentinos tiveram uma presença forte aqui, e muitos de nós realmente encheram o saco. Mas se você observar, na Olimpíada o espírito dos argentinos é outro. Estamos apenas torcendo para nossos atletas", disse.

BOULEVARD LOTADO

As ruas do centro da cidade ficaram abarrotadas, e as casas dos países estiveram entre as atrações preferidas. O público tentava entrar para conhecer e almoçar as comidas típicas.

"Na verdade, eu já conheço tudo, mas acho que é um dever meu comparecer aqui e mostrar o amor que os colombianos têm por seu país", afirmou Jhon Acosta, 39. O comerciante de Bogotá se divertia ao som das músicas estilo reggaeton que tocavam na Casa da Colômbia.

O casal Nigel Gibson, 45, e Doroth Alexandra, 43, veio da ilha de Granada, no Caribe, acompanhar o desempenho do time de atletismo do seu país. Os dois passaram a tarde no Boulevard Olímpico para depois seguir até o Engenhão.

Alfredo Mergulhão/Folhapress
Casal de Granada assiste à partida entre Brasil e Argentina, no boulevard olímpico, no centro do Rio
Casal de Granada assiste à partida entre Brasil e Argentina, no boulevard olímpico, no centro do Rio

"A gente queria um lugar que fugisse um pouco do roteiro de praia, que fosse bom para fazer compras e comer bem. Acho que nos deram uma boa dica", disse Gibson, enquanto almoçava na feira Carioquíssima, montada na Orla Conde.

Na Casa da Dinamarca, a fila para entrada durava cerca de uma hora. "O problema é que fecha cedo, então concentra todo mundo no mesmo horário", disse a técnica de informática Dieny Soares, 37.

Ela já havia passado, pela manhã, na Casa Brasil e pretende conhecer outras casas. "É muito legal conhecer culturas diferentes".

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