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Campanha do basquete feminino não foi um vexame, diz técnico após 5ª derrota

A campanha da seleção feminina de basquete do Brasil não foi um vexame na Rio-2016, apesar de ter sido a pior de sua história, disse o técnico da equipe, Antônio Carlos Barbosa, 71.

O Brasil perdeu neste sábado (13) por 79 a 76 para Turquia, na Arena da Juventude, em Deodoro. Com isso, encerrou sua participação na Rio-2016 com cinco derrotas em cinco jogos, no último lugar no grupo A.

Shannon Stapleton
2016 Rio Olympics - Basketball - Preliminary - Women's Preliminary Round Group A Turkey v Brazil - Youth Arena - Rio de Janeiro, Brazil - 13/08/2016. Isabela Macedo (BRA) of Brazil, Adriana Moises (BRA) of Brazil and Kelly Santos (BRA) of Brazil look on from the bench. REUTERS/Shannon Stapleton FOR EDITORIAL USE ONLY. NOT FOR SALE FOR MARKETING OR ADVERTISING CAMPAIGNS. ORG XMIT: CDC94
Jogadoras do basquete do Brasil durante confronto contra a Turquia

Desde a primeira participação em Jogos Olímpicos, em Barcelona-1992, a seleção feminina de basquete nunca tinha terminado uma Olimpíada sem conseguir vencer ao menos uma partida.

"Se observarmos a frieza dos números, que não ganhei nenhum jogo, você vai dizer: 'que vexame', né? Mas não houve vexame", disse o técnico ao fim da partida, perdida pela seleção na segunda prorrogação.

"Fizemos um bom jogo com a Austrália, Bielorrúsia, França e hoje também. E, em todos esses jogos, se fizermos uma edição dos lances, foram bolas bobinhas que fomos perdendo, faltas desnecessárias", disse.

Em Pequim-2008 e Londres-2012, a seleção chegou a perder as quatro primeiras partidas, mas conseguiu despedir-se dos Jogos Olímpicos com uma vitória no quinto jogo.

Barbosa culpou em parte o lado emocional das jogadoras, o que teria atrapalhado o desempenho tático em momentos cruciais das partidas durante a Olimpíada.

Segundo ele, a falta de controle emocional serio o ônus de jogar em casa. O bônus seria o entusiasmo da torcida.

"Eu estou frustrado, mas não estou decepcionado", disse. "Esse grupo aqui é bom, mesmo com essas que vão sair fica uma base boa ainda", disse o técnico.

Ele se referia à armadora Adrianinha, 37, e à ala-armadora Iziane 34, que decidiram encerrar a carreira de jogadoras.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

Barbosa culpou a a falta de apoio à modalidade e defendeu que se amplie o número de campeonatos e times femininos de basquete no país.

"Toda menina hoje um pouco mais alta vai jogar vôlei e não basquete. Ela é atraída pela fama, pelo melhor dinheiro", disse.

Iziane fez contra a Turquia sua última partida profissional. Ela volta a São Luís, no Maranhão, onde vai preparar sua campanha para vereadora pelo PSL (Partido Social Liberal).

Principal liderança da equipe, Iziane teve um desempenho irregular durante a competição. Além do emocional, ela culpou a falta de partidas e amistosos da seleção brasileira de basquete antes da Rio-2016.

"Nosso emocional acaba agindo e valorizamos muito o erro. Isso desequilibra, não obedece taticamente. Contra uma equipe mais fraca, isso passa despercebido. Aqui, isso é um diferencial", disse a ala-armadora.

Brasileiros classificados para a Olimpíada

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