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Jamaica continua no topo da velocidade dos 100m feminino, mas tem nova rainha

A Jamaica continua no topo da velocidade, mas os 100m rasos feminino, a prova mais nobre do atletismo, têm uma nova rainha.

Elaine Thompson, 24, conquistou a medalha de ouro neste sábado (13), com a marca de 10s71 —próximo do melhor tempo de sua vida, que é de 10s70. São o quarto e o quinto melhores marcas da história, que ainda tem o recorde de 10s49 conquistado em 1988 pela americana Florence Griffith-Joyner.

Kai Pfaffenbach/Reuters
2016 Rio Olympics - Athletics - Final - Women's 100m Final - Olympic Stadium - Rio de Janeiro, Brazil - 13/08/2016. Elaine Thompson (JAM) of Jamaica celebrates winning the gold. REUTERS/Kai Pfaffenbach FOR EDITORIAL USE ONLY. NOT FOR SALE FOR MARKETING OR ADVERTISING CAMPAIGNS. ORG XMIT: OLYGK159
Jamaicana Elaine Thompson comemora o ouro nos 100m rasos

Shelly-Ann Fraser-Pryce, 29, também jamaicana e que tentava o tricampeonato olímpico, algo que seria inédito, ficou com o bronze, com 10s86. A prata foi para a americana Tori Bowie, 25, com 10s83.

Ao ultrapassar a linha de chegada, Thompson parecia não acreditar. Correu para a arquibancada pegar uma bandeira da Jamaica, e recebeu um abraço de Fraser-Pryce, que não parecia surpresa com a derrota. Ela convive com uma lesão no tendão desde o início de 2016.

Natural de Manchester, cidade a 97 km da capital Kingston, Thompson começou a correr na escola primária – na Jamaica, a corrida é ensinada como é o futebol no Brasil. Talentosa no começo da adolescência, foi descoberta por Paul, o caça-talentos que é irmão de Stephen Francis, considerado o principal treinador dos velocistas na Jamaica e que faz um trabalho de base na Universidade de Tecnologia de Kingston.

Thompson aparece com destaque em 2015, quando ganhou o ouro no revezamento 4 x 100 m com a Jamaica no Mundial de Pequim, e a prata nos 200 m, que inicialmente era sua especialidade. Ela foi convencida por Francis a melhorar sua largada para concorrer com as melhores velocistas. E conseguiu.

DECEPÇÃO

Mesmo com a derrota neste sábado, Fraser deve ser incluída na lista de melhores velocistas da história. Usain Bolt já achava que Fraser é uma das maiores antes do começo da Rio-2016. "Sem dúvida, ela está nos registros e sempre será lembrada com uma das maiores", disse Bolt, em recente entrevista no Rio.

O americano Michael Johnson, quatro medalhas de ouro em Olimpíadas (nos 200m, 400m e 4 x 400m), recordista mundial dos 400m e atualmente conceituado comentarista de atletismo para a TV dos EUA, não fica em cima do muro como Bolt: para ele, a jamaicana é a maior velocista da história.

Fraser-Pryce não é unanimidade porque, diferentemente de Bolt, ela não detém o recorde dos 100 m rasos, que pertence a Griffith-Joyner. O melhor tempo da jamaicana é de 10s70, em 2012, que é o quarto mais rápido da história.

Fora das pistas, ela se formou em 2012 para dar aula de literatura para desenvolvimento da criança e adolescente, e no início de 2016 iniciou seu mestrado em psicologia aplicada. Tudo isso em Kingston, onde nasceu.

Para correr a Rio-2016, adotou um cabelo colorido, verde e amarelo, que ao mesmo tempo remete à bandeira jamaicana, mas também pode lembrar a brasileira.

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