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Aos 33, Poliana Okimoto sobe ao pódio 20 anos após 1ª convocação para seleção

Poliana Okimoto, bronze nos Jogos Olímpicos do Rio, quase não se lembra de sua vida sem a natação. Aos sete anos, já competia. Aos 13, recebeu sua primeira convocação para a seleção brasileira.

Filha de uma mistura de japoneses com mineiros, entrou na piscina aos dois anos para aprender a nadar. Quando não estava no treino, sempre dava um jeito de encontrar uma piscina para brincar.

Seu primeiro desafio aconteceu ainda na academia. Ela fazia aulas na piscina pequena, para iniciantes, quando o treinador lhe disse que, no dia seguinte, ela iria para a maior.

Poliana disse que não, que tinha medo. No dia seguinte, no entanto, aceitou o desafio e se apaixonou.

Logo ela percebeu que não levava jeito para a velocidade. Nas provas de 25 m e 50 m não conseguia subir ao pódio. Mas era muito resistente, ganhava de todo mundo nos treinos.

Com 12 anos, fez sua primeira prova de 400 m e ganhou o título paulista, com direito a recorde. Aos 13, foi para o Campeonato Sul-Americano na Colômbia e ganhou três provas: 800 m, 1.500 m e 400 m livre.

Em 2006, disputou sua primeira maratona aquática, logo no Mundial. Ela nem sabia o que esperar, nadou bem e levou duas pratas, nos 5 km e 10 km.

A escolha pela maratona foi quase imposição do treinador e marido, Ricardo Cintra. Ele via que ela levava jeito nos treinos e resolveu levá-la ao mar para se adaptar.

Pequena, 1,65 m e 61 kg, ela já teve um tímpano perfurado por conta de uma cotovelada de uma rival, já nadou com peixes, pinguins e leões marinhos.

Só teve medo de uma prova em que as águas vivas queimavam a pele dos atletas. Mas nunca pensou em desistir. Aos 33, a segunda mais velha da final olímpica, encarou um mar tranquilo em Copacabana para finalmente subir ao pódio com o bronze.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

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