O grego Eleftherios Petrounias, com uma apresentação quase perfeita, é o campeão olímpico das argolas. Com nota 16,000 ele superou o brasileiro Arthur Zanetti, que com 15,766 ficou com a medalha de prata.
"Estou muito feliz com o meu resultado, com a minha série. Fiz o que deveria ter feito", disse Zanetti logo depois do pódio, bastante feliz por ter conseguido sua segunda medalha em duas Olimpíadas consecutivas.
Ele também afirmou que, depois de descansar o corpo e a mente viajando, vai começar a se preparar para mais um ciclo olímpico e tentar uma nova medalha em Tóquio-2020.
O público também entendeu assim. A medalha de prata do ginasta brasileiro, a terceira da modalidade masculina na Rio-2016, feito inédito, foi bastante comemorada. Mais uma vez, o público cantou o hino nacional à capela, depois que o hino grego foi tocado pelo sistema de som do ginásio.
Desde o início, o grego, atual campeão mundial do aparelho, disse que chegou ao Rio como favorito e que seria o campeão olímpico. A sua execução foi quase perfeita. Por isso, ele tirou a nota 9,200 nesse quesito, praticamente a antiga nota 10 da ginástica, que não existe mais.
O grego foi o segundo a se apresentar na Arena Olímpica do Rio. Após a sua apresentação, sorriu e comemorou. Ele já sabia que pressionaria todos os concorrentes. Com a confirmação da nota, ficou muito difícil para Zanetti conquistar o segundo ouro seguido. Nas principais competições desde o ano passado, o brasileiro nunca tinha passado de 15,900, sua nota em Londres-2012.
"Só soube da nota dele no final, depois da minha apresentação", declarou Zanetti. Segundo ele, quando está na arena, na competição, o ginasta não fica vendo, nem preocupado com a nota dos concorrentes. "O objetivo é sempre fazer uma boa série, a sua apresentação", disse.
O russo Denis Abliazin, com 15,700, desbancou os dois chineses que também tinham chances de pódio e ficou com o bronze.
Assim como a torcida brasileira presente à Arena Olímpica do Rio, seus pais, que estavam na arquibancada, vibraram.
"Estou feliz porque ele conseguiu, prata excelente. Nada a lamentar, fez a parte dele. Ultrapassou muitas coisas para chegar aí", disse a mãe, Roseane.
O pai, Arquimedes, lembrou das dificuldades que o ginasta enfrentou. "Foi um ciclo difícil, teve a lesão no ombro. O nível técnico da argola foi muito alto. Altíssimo. Os quatro primeiros poderiam ter sido campeões", afirmou.