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Brasileiros se aproveitam do vento, batem americanos e vão à semi no vôlei de praia

Com vento recorde na arena de Copacabana, a dupla Alison Cerutti, 30, e Bruno Schmidt, 29, avançou para as semifinais do vôlei de praia ao bater os americanos Phil Dalhausser e Nicholas Lucena por 2 sets a 1, com parciais de 21/14, 12/21 e 15/9.

Alisson e Bruno enfrentarão às 17h de terça (16) a dupla holandesa Alexander Brouwer e Robert Meeuwsen, que chegou à semifinal ao derrotar os compatriotas Nummerdor/Varenhorst por 2 a 0, com parciais de 25/23 e 21/17.

Na quadra de aquecimento, minutos antes do jogo no final da tarde desta segunda, os atletas de Brasil e EUA não enfrentaram vento algum. Ao chegarem à quadra central, surpreenderam-se com ventos de 84 km/h, o dobro da força do vendaval que havia atingido o Rio no último dia 7. Os jogos têm acontecido em Copacabana com ventos médios de 12 km/h.

"O que nós fizemos foi aproveitar melhor o lado bom da quadra, quando você saca a favor do vento. Forçamos o saque para tirar proveito disso. No primeiro e no terceiro set, aproveitamos bem. Mas, no segundo set, eles conseguiram colocar cinco pontos de frente com a mesma estratégia", disse Bruno. "Quando o saque entra bem, o bloqueio funciona melhor. Você coloca o adversário sob pressão", afirmou Alison.

Phil Dalhausser, medalhista olímpico em Pequim-08, declarou-se surpreendido com a força do vento. "Estamos acostumados com ventos, porque treinamos na Califórnia. Mas o problema aqui foi que o vento vem do mar na direção sudeste e depois volta. Isso prejudica o passe por causa da instabilidade."

A arena de Copacabana tem uma especificidade. Tem três lados muito altos, com arquibancadas para 12 mil pessoas. Uma das laterais da quadra é aberta para o mar, o que faz com que o vento circule no espaço. Esse desenho permite que haja menos calor em quadra, mas o vento surpreende os jogadores muitas vezes.

Brasileiros e americanos cometeram quatro erros no saque cada um, mas a equipe da casa conseguiu quatro aces (pontos diretos do serviço) contra três dos visitantes.

"De qualquer maneira, se os brasileiros jogarem como estão jogando serão os campeões. Jogaram muito bem. Alison é um garotão excelente", elogiou o norte-americano Dalhausser, após a derrota.

"Phil é um ícone da minha geração. Perdi muito para ele. Essas derrotas me fizeram evoluir. O principal dele é que gosta do jogo limpo, gosta de jogar voleibol", agradeceu Alison.

Dalhausser e Lucena haviam vencido os quatro jogos que disputaram na Rio-2016 e mantinham o melhor índice técnico, diferença entre pontos marcados e sofridos. Os brasileiros conseguiram sua quarta vitória, mas sofreram uma derrota na primeira fase.

A próxima adversária dos brasileiros é uma jovem dupla holandesa _Brouwer tem 26 anos; Meeuwsen, 28. Os dois disputam uma olimpíada pela pela primeira vez, mas já venceram o circuito mundial de vôlei de praia, em 2013.

Bruno está em sua primeira olimpíada também, mas Alison ganhou a prata em Londres-12, quando jogava com Emanuel.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

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