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Descontrole emocional e falta de pontaria matam a seleção de basquete na Rio-2016

A seleção brasileira masculina de basquete está fora da Rio-2016. A vitória sobre a Nigéria, na segunda-feira (15), por 86 a 69, foi inútil, já que a Espanha derrotou a Argentina no jogo seguinte, por 92 a 73, e ficou com a última vaga ainda em disputa.

O Brasil deixa a Olimpíada com duas vitórias (além da Nigéria, bateu a Espanha) e três derrotas (para Lituânia, Croácia e Argentina).

O grupo era forte, é verdade, pois tinha três seleções que estão no top 4 da Fiba (Federação Internacional de Basquete), mas um dos problemas da seleção comandada pelo técnico argentino Rubén Magnano foi ela mesmo. O time mostrou um nervosismo fora do normal e falhou nos momentos mais importantes.

Apesar da experiência (média de idade de 29,6 anos), a equipe não soube controlar a ansiedade. Isso ficou evidente na estreia contra a Lituânia, em que a equipe levou 58 pontos e fez somente 29 no primeiro tempo.

"Precisávamos ter uma tranquilidade maior em alguns lances. Tínhamos que executar melhor as jogadas", disse o ala Alex Garcia.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

Mais tranquilo no segundo tempo contra a Lituânia, o Brasil deu show e só não conseguiu reverter o placar por causa da desastrosa apresentação na primeira etapa.

O time mostrou altos e baixos em todos os jogos nesta Olimpíada. Até mesmo contra a Nigéria, adversário mais fácil da chave.

Contra os croatas, esteve quase sempre atrás do placar, conseguia se aproximar, mas faltava aquela bola para encostar de vez. E ela não veio em nenhum momento depois que o rival assumiu a liderança.

"Faltou uma leitura de jogo, saber o que estava acontecendo ao redor, e um pouco de tranquilidade e equilíbrio", afirmou Magnano.

Esse descontrole emocional ficou muito visível no jogo contra a Argentina, em que o Brasil liderava por três pontos no fim, deixou o rival pegar um rebote e permitiu o empate. Na segunda prorrogação, já nos segundos finais, dormiu em um rebote de um lance livre desperdiçado pelo rival. Se pegasse, havia tempo para o empate.

"A gente oscilou muito, e acontecer isso, nesse nível, complica. A gente não consegue fechar os jogos", resumiu o ala Marquinhos.

Esse nervosismo refletiu nos arremessos. O Brasil teve um aproveitamento ruim (43,6%). Só não foi pior do que Argentina (42,2%), China (41,7%) e Venezuela (37%).

As bolas de três pontos também foram um pesadelo. Teve um aproveitamento de 29,6%. Os Estados Unidos, por exemplo, terminaram a primeira fase com 39,3%.

"Bolas de três alivia bastante. Nosso aproveitamento é baixo e aí complica", afirmou Alex.

Os lances livres também contribuíram para a derrocada. O time teve um aproveitamento de 73%. Somente China (70,5%) e Argentina (67,5%) foram piores.

Brasileiros classificados para a Olimpíada

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