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Teixeira vai a enterro de Havelange; Nuzman diz que ele foi o maior de todos

Com homenagens de políticos, dirigentes esportivos e atletas, o corpo do ex-presidente da Fifa João Havelange foi enterrado na tarde desta terça-feira (16), no cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio.

A rápida cerimônia começou pontualmente às 15h e não foi precedida de velório. As pessoas aguardaram a chegada do caixão em pé, na entrada do cemitério.

O presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil), Carlos Arthur Nuzman, participou do enterro. Ele disse que a morte do ex-dirigente representa "enorme perda para os brasileiros e para o futebol".

"Havelange foi o mais importante nome do esporte no mundo. Levou o futebol a ser um esporte de enorme popularidade", afirmou Nuzman. "Transformou o futebol em religião mundial."

Ele comentou rapidamente sobre a recusa do COI em homenageá-lo. "O Comitê Olímpico Brasileiro faz (a homenagem) dentro das suas atribuições, e é isso que nos fizemos. Com relação a outros órgãos, é uma questão de cada um. Foi decretado luto oficial pelo COB e a bandeira ficará a meio mastro.'

Nuzman chegou ao cemitério acompanhado do chefe da missão brasileira na Olimpíada, Bernard Rajzman, ex-jogador da seleção brasileira de vôlei.

"Não vou entrar nesse mérito (envolvimento de Havelange em escândalos de corrupção). Ele abriu oportunidades em todos os esportes e transformou o futebol em um grande empreendimento", disse Rajzman.

O ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira também foi ao enterro. "Havelange foi o grande criador do futebol, financeiramente e tecnicamente, no mundo hoje. E, acima de tudo, fez um grande trabalho no futebol brasileiro."

Teixeira ficou irritado ao ser questionado se Havelange será lembrado pelo envolvimento em casos de corrupção ou por seu trabalho na Fifa. "Pode respeitar o momento? Você é fora de esquadro, louco", disse.

Para o ex-diretor da CBF, Américo Faria, Havelange ficará marcado apenas "como grande homem do futebol, que transformou o esporte em um evento mundial".

No momento do sepultamento, a única homenagem em público foi feita pelo ex-presidente do Fluminense Sylvio Kelly. "Eu não poderia deixar de falar sobre o que ele representou para o nosso clube", disse ele. "Havelange falava uma frase que é verdadeira. Ele dizia: 'Nunca faltarei com você'. E nunca faltou."

As outras homenagens vieram por meio de coroas de flores, enviadas por políticos como o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, o governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles, o ex-governador Sérgio Cabral e o senador Fernando Collor.

Do mundo esportivo chegaram coroas de flores em nome do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, do Fluminense, do Vasco da Gama e de Pelé, com os dizeres "o adeus do amigo Pelé".

O presidente do Vasco, Eurico Miranda, esteve no enterro, mas não deu entrevista. Em nota no site do clube, ele afirma que "João Havelange foi um amigo do Vasco. Por inúmeros serviços prestados recebeu o título de Grande Benemérito. Eu, pessoalmente, o considerava um amigo".

Cronologia - Havelange

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