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Fora da final, Marta diz que 'a bola não quis entrar' contra a Suécia

Marta demonstrava forte irritação ao falar da derrota, nos pênaltis, para a Suécia, que deixou a seleção feminina de futebol longe do ouro olímpico mais uma vez.

"Não existe uma derrota doer mais que a outra, a decepção é a mesma. Deixar chegar a um ponto onde a gente não tem mais controle da situação. Essa é a decepção", declarou a camisa 10, sobre a partida que reuniu, segundos os organizadores, mais de 70 mil pessoas no Maracanã nesta terça (16).

Após mais uma atuação sem qualidade nas finalizações e diante de uma retranca feroz da equipe sueca, que já tinha eliminado os favoritos EUA, a seleção agora luta pelo bronze contra o Canadá, que também nesta terça foi derrotado pela Alemanha por 2 a 0. As duas disputas acontecem na próxima sexta (19), Brasil x Canadá, no Itaquerão, às 13h, e a final, no Maracanã, às 17h30.

"O povo sabe o quanto a gente batalha, o quanto se entregou, nesse tempo todo. A gente tem uma chance ainda de subir no pódio, vamos fazer isso por ele", disse a atacante, muito festejada pelas adversárias, que a conhecem de perto. Marta atua na Suécia e até arrisca entrevistas em sueco.

Sobre o ferrolho aplicado pela técnica Pia Sundhage, nove atletas em duas linhas de defesa compactas e apenas uma jogadora no ataque, Marta evitou criticar, ao contrário do que fez a equipe americana. "É normal. Quem joga contra a gente coloca onze na defesa. Tivemos oportunidade, mas a bola não quis entrar."

Leonhard Foeger/Reuters
Marta na semifinal contra a Suécia
Marta na semifinal contra a Suécia

Vadão também viu mérito na tática sueca. "Não acho que foi covardia. Ela precisava ganhar e fez o precisava fazer", afirmou, sobre a colega, que confirmou que levar o jogo para os pênaltis, como já havia feito contra os EUA, era uma opção. "A pressão sobraria toda para o Brasil, teríamos uma pequena vantagem", contou Sundhage.

As jogadoras, no geral, preferiram reclamar da falta de apoio ao esporte feminino. "Eu sei, fica até chato, as meninas vão lá, perdem e cobram estrutura. Sim, fica chato cobrar. Mas temos que cobrar. Tem muita menina que não tem nem material para jogar bola", declarou Cristiane, que desperdiçou uma das cobranças de pênalti e diz estar preocupada com a falta de renovação na modalidade.

"Eu não consigo pensar nada agora, ainda está muito cedo", disse Marta, sobre uma eventual participação na Olimpíada de Tóquio, em 2020, quando terá 34 anos.

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