Publicidade
Publicidade

'Fiz falta', afirma Rodrigo Pessoa sobre quinto lugar do Brasil no hipismo

Rodrigo Pessoa afirmou nesta quarta (17) em Deodoro, no Rio, que fez falta ao time brasileiro de hipismo.

"Tenho que dizer, fiz falta. Claro que fiz falta", afirmou o campeão olímpico, que pouco antes dos Jogos do Rio foi preterido pela comissão técnica do hipismo brasileiro.

Pessoa foi colocado na reserva pelo americano George Morris. Depois disso, pediu dispensa da equipe.

Único campeão olímpico brasileiro no hipismo, ele só participaria da Rio-2016 caso algum cavaleiro brasileiro do salto deixasse de participar.

O Brasil terminou a competição por equipes em quinto lugar na disputa por equipes, apesar de ter começado a competição na liderança.

Trabalhando como comentarista para um canal francês especializado em esporte, Pessoa vibrou bastante com a conquista do ouro pela França.

"E os outros também", fez questão de frisar.

"A disputa foi muito apertada, como esperado. O fato de a gente só ter três cavaleiros, numa competição dessa, sem poder ter descarte, complica muito", declarou Pessoa, sobre o fato de Stephan Barcha ter sido desqualificado por feridas em sua montaria provocada por esporas. "São potências mundiais, podendo descartar o pior resultado, é uma vantagem importante", completou.

"Regra é regra, a confederação pode falar o que quiser, mas é a mesma para todo mundo. Está em vigor há dois anos, cada fim de semana na Europa de competição tem alguém desclassificado. Não é intencional, é um acidente, mas acontece", disse o brasileiro.

Pessoa afirma que faltou experiência para a equipe brasileira, que teria, segundo ele, errado na escolha por Barcha.

"Como eu falei antes. Faltou experiência. Foi uma escolha, um risco que técnico quis tomar, infelizmente foi um desfalque grande para a equipe. Os outros três competidores foram muito bem, quatro pontos era nada, mas é a distância que ficamos da medalha. Estávamos em primeiro", declarou, retomando a discussão pública que manteve com o técnico americano, George Morris, que o preteriu em favor de Barcha.

"As pessoas tomam decisões, elas têm que assumir a responsabilidade por elas. Eu assumo as minhas responsabilidades, já aconteceu comigo, eu assumi", disse, em sútil referência talvez a perda do ouro em Sydney-2000, quando sua montaria, Baloubet du Rouet refugou no percurso decisivo.

"Tenho histórico, vinha fazendo uma preparação que iria ficar pronta no dia certo, nem antes nem depois", completou.

VERGONHA

Para o cavaleiro Álvaro de Miranda Neto, o Doda, 43, Rodrigo Pessoa teria passado "vergonha" se tivesse disputado a prova de salto na Olimpíada do Rio.

"Com o cavalo que tinha, não tinha condições nem de chegar hoje nessa prova. Realmente, ele poderia fazer várias faltas, ele não tinha condição nenhuma", disse Doda.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade