A vela depende da dupla Martine Grael e Kahena Kunze, na classe 49er FX, para não fazer sua pior campanha desde Barcelona-92, quando não obteve nenhuma medalha.
O esporte era o que mais dava pódios ao Brasil até Londres-12, quando foi superado pelo judô. Hoje, tem 17 medalhas, nenhuma na Rio-16.
Martine e Kahena dependem só do próprio desempenho para conseguir até o ouro, nesta quinta (18). Elas estão tecnicamente empatadas com as equipes da Espanha, Nova Zelândia e Dinamarca. Quem chegar na frente fica no topo do pódio.
As duas são uma rara exceção da nova safra da vela. Elas estão desde 2013 no topo da classe, estreante em Jogos Olímpicos.
| William West/AFP | ||
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| Kahena Kunze e Martine Grael durante regata da classe 49er FX na Rio-2016 |
Outras apostas de renovação não vingaram na Rio-16. Jorge Zarif, após um início promissor entre os profissionais em 2013, quando ganhou o Mundial da classe Finn, caiu de produção. Após um ciclo olímpico instável, ele ficou em quarto na Rio-16.
Parte do seu desempenho pouco consistente no ciclo se deveu à ausência do técnico espanhol Rafael Trujillo, que voltou apenas no ano passado para atender Zarif após apoio do COB (Comitê Olímpico do Brasil). A expectativa é que o velejador melhore seu desempenho para Tóquio-20.
Em outras classes, a vela tem dificuldades de reposição. Na RS:X, tanto Patrícia Freitas como Ricardo Winick, o Bimba, já afirmaram sentir falta de concorrentes no país com nível internacional.
A sequência de medalhas desde Atlanta-96 coincide com a carreira de Robert Scheidt. Em Londres-12, a única medalha veio dele, em parceria com Bruno Prada, na Star –que não faz mais parte do programa olímpico.
As regatas da medalha das classe 470 feminino e masculina foram reagendadas para esta quinta, por falta de vento.