O governo federal vai dar R$ 100 milhões para a Paraolimpíada e a prefeitura do Rio de Janeiro aportará R$ 150 milhões.
A divisão foi divulgada pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, após reuniões realizadas na tarde desta quinta-feira (18). A ajuda já havia sido anunciada, mas não se sabia qual seria a responsabilidade de cada uma das partes.
O Comitê Rio-2016 não conseguiu receitas suficientes para arcar com os custos. Os repasses serão feitos por meio de convênios e patrocínios.
William Volcov/Brazil Photo Press/Folhapress | ||
O presidente interino Michel Temer faz pronunciamento na Vila Olímpica |
Em reunião na tarde desta quinta-feira, no Parque Olímpico da Barra, o presidente em exercício, Michel Temer, equacionou a liberação dos recursos. Com três telefonemas durante o encontro, ele deu como certo todos os repasses.
A Folha apurou que as duas principais novidades na parte de patrocínios devem ser a entrada do BNDES e da Caixa Econômica Federal, que até agora estava descartada de participar, por ser concorrente do Bradesco, o banco oficial dos Jogos. A Petrobras também negocia.
A solução encontrada pelos governos é de que a estatal vai estampar a marca da Loteria, sem criar conflitos. Ela já ajuda o Comitê Brasileiro Paraolímpico com esse formato - o último contrato assinado foi de R$ 120 milhões para um ciclo de quatro anos.
A APEX, agência de promoção de exportação ligada ao Ministério das Relações Exteriores, era a única que já havia fechado o patrocínio para a Paraolimpíada - contrato de R$ 30 milhões. O dinheiro, porém, estava retido por uma liminar que impedia o repasse, que caiu na última quarta.
A Embratur, segundo o ministro interino do Turismo, Alberto Alves, vai aportar R$ 8 milhões.
"É um episódio superado sob todos os aspectos", limitou-se a dizer Padilha, adiantando que o comitê dará uma entrevista nesta sexta (19) para falar sobre o tema.
A única pendência existente tem a ver com uma outra liminar ainda em vigor, do Tribunal Regional Eleitoral, que impede o aporte de recursos por parte da prefeitura, por ser ano de eleições. Os governos, porém, acreditam que a decisão será derrubada.