Publicidade
Publicidade

Dupla brasileira da canoagem vai à final, mas quer melhor tempo para ir ao pódio

Embalada pelos dois pódios já obtidos pela canoagem velocidade brasileira nos Jogos do Rio, a dupla Isaquias Queiroz e Erlon Souza avançou na primeira posição para a final da prova C2 1.000 m, que ocorrerá na manhã deste sábado (20).

Os baianos são os atuais campeões mundiais da prova, e ratificaram na manhã desta sexta (19) o status. Porém, o tempo registrado para vencer a bateria (3min33s269) não lhes agradou. Ambos também chiaram do vento na Lagoa Rodrigo de Freitas.

"Tentamos fazer uma prova limpa, mas tinha muito vento e onda para tentar fazer a remada encaixar. Mesmo assim, conseguimos chegar na frente. Não com um tempo tão bom. A gente sabe que pode correr mais do que isso. Mas acho que amanhã [sábado] podemos realizar a prova melhor ainda", afirmou Isaquias, 22, bronze no C1 200 m e prata no C1 1.000 m.

O multimedalhista aposta que, para ir ao pódio, será necessário um tempo na casa de 3min30s. Vencedora da segunda série eliminatória, e também classificado para a final diretamente, a parceria alemã Sebastian Brendel/Jan Vandrey completou a distância em 3min33s4. Brendel foi o campeão olímpico no C1 1.000 m.

Em meio a uma maratona pessoal para se tornar o primeiro brasileiro na história dos Jogos Olímpicos a bater três pódios em uma edição, Isaquias disse que o físico ainda está bom. Ele já disputou, entre eliminatórias, semifinais e finais, seis provas na Rio-2016.

"Estou bem, não estou cansado. O cronograma foi muito bom para remar as três provas, isso aqui não dá nem para comparar com o treino do [técnico espanhol] Jesús [Morlan] em Lagoa Santa. Chegava no sábado acabado pela manhã, mesmo assim conseguia fazer um ótimo treinamento. Isso mostra que vou estar bem descansado amanhã", sugeriu. A cidade mineira de Lagoa Santa é a base da seleção brasileira de canoagem velocidade.

Diferentemente de Isaquias, Erlon só estreou na Olimpíada nesta sexta. Nos demais dias, foi espectador –e torcedor– do conterrâneo. "A gente torce muito um pelo outro. Quando não está na água, está torcendo para que venha a medalha. Foi o que aconteceu. Agora, corremos atrás da terceira. Temos muita fé que vai vir, somos atuais campeões mundiais sabemos da possibilidade de ganhar uma medalha", afirmou.

Isaquias disse que obter a medalha com o parceiro é uma forma de homenageá-lo. "As três medalhas não são só minhas. Essas medalhas são da equipe, da canoa."

Enquanto ainda não a põe em seu peito, Erlon se admira com o assédio em relação aos canoístas brasileiros.

"No começo está sendo divertido. A gente vê o número de pessoas que param ele [Isaquias] para tirar uma foto. Ele querendo sair, mas as pessoas não deixam. O carinho dos brasileiros nos motiva muito e parte da inspiração que tenho é essa. E, se vier mais uma medalha, a gente vai agradar aos brasileiros", comentou.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade