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Após ouro na vela, Martine diz que superação de Lars é uma inspiração

Medalhista de ouro da classe 49er FX na vela da Rio-2016 ao lado de Kahena Kunze, 25, Martine Grael, também de 25 anos, disse nesta sexta-feira (19) que o seu tio Lars Grael serviu de inspiração para a conquista de quinta (18).

Bronze em Seul-1988 e em Atlanta-1996 na classe tornado, Lars sofreu um grave acidente em 1998, em Vitória, Espírito Santo. Uma lancha que invadiu a área de competição bateu no barco em que o velejador estava. Ele teve a sua perna direita decepada pela hélice da embarcação.

"Quando esse episódio ocorreu, eu era bem nova. Os meus pais amenizaram isso, eu não entendia muito bem. A família ficou abalada", disse Martine, que é filha de Torben Grael, medalhista de ouro em Atlanta-1996 e em Atenas-2004 na classe star. Ele ganhou ainda a prata em Los Angeles-1984 e o bronze em Seul-1988 e em Sidney-2000.

"O Lars se superou de uma maneira muito positiva. É uma inspiração para mim desde aquele momento até hoje. É muito legal ter uma família que possui muitas medalhas. O que mais conta é a experiência deles. É importante dentro do esporte", afirmou a atleta.

Esta é a terceira geração Grael que participa dos Jogos Olímpicos. A primeira das 17 vezes em que um representante da família esteve no evento foi na Cidade do México-1968, com Axel e Eric Schmidt —sobrenome da mesma família—, tios de Torben e Lars.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

A família tem íntima ligação com o mar desde a década de 1930, quando o dinamarquês Preben Schmidt, avô de Torben e Lars, comprou o barco Aileen para navegar na baía de Guanabara. A embarcação é mantida até hoje pelos Grael, que costumam passar a bordo a noite de Natal.

Para Torben, a felicidade de ver a filha ganhar um ouro é maior do que as cinco conquistas dele mesmo. "É mais emocionante", afirmou.

Kahena, por sua vez, destacou a ótima relação que tem com Martine. Isso foi um diferencial para a vitória de quinta na baía de Guanabara.

"A gente já tinha velejado juntas antes. Ganhamos uma competição em Búzios, no Rio. Depois disso, optei por estudar, enquanto a Martine seguiu a campanha dela. Quando ela me chamou para participar da Rio-2016, falei 'óbvio'. Ela me dá muita garra. Tudo o que ela faz, ela faz muito bem. É um orgulho estar do lado dela", afirmou Kahena.

"Para velejar juntas, as duas pessoas precisam querer muito. E nós queríamos. Nossa trajetória começou de uma forma muito boa", afirmou.

Editoria de Arte/Folhapress
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