O Comitê Rio 2016 afirmou que aceita os pedidos de desculpas do nadador Ryan Lochte e do Comitê Olímpico dos Estados Unidos após atletas norte-americanos forjarem um assalto durante os Jogos Olímpicos.
Mario Andrada, diretor de comunicação da entidade, disse que não havia uma expectativa dos organizadores nesse sentido, mas que a população brasileira esperava uma manifestação dos atletas.
"A gente obviamente aceita as desculpas dele. O que nós achamos é que o povo brasileiro ficou decepcionado com as atitudes deles. Ficou claro que a população se sentiu humilhada pelas mentiras e sentiu que a imagem tinha sido manchada no exterior", disse Andrada.
"É como um ditado que a gente tem aqui, sobre o tamanho das pernas. A mentira tem perna curta. A população precisa ter mais orgulho da nossa imagem no exterior", completou, lembrando também do pedido de desculpas do comitê americano.
O comitê organizador quer dar o caso como encerrado. Cerca de 2,5% das menções do Twitter usando hashtag da organização nas últimas 24 horas falaram sobre o tema —cerca de 45 mil posts.
Mark Adams, porta voz do COI (Comitê Olímpico Internacional), também comentou o assunto, tentando por um ponto final na questão.
"Claro que houve mágoa aqui no país. O COI se sente solidário a este sentimento. Ficamos satisfeitos com as desculpas, mas não vamos mais nos concentrar nisso", afirmou.
O CASO
Os nadadores Ryan Lochte, medalha no ouro no revezamento 4 x 200 m, James Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger disseram ter sido assaltados no trajeto entre o Club France, casa com temática francesa localizada na região sul do Rio de Janeiro, e a Vila Olímpica.
Entretanto, a versão foi desmentida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Vídeos de câmeras de segurança mostram os atletas depredando o banheiro de um posto de gasolina na Barra da Tijuca —versão que foi confirmada pelo proprietário do estabelecimento.
Nesta sexta (19), pediu desculpas por uma nota publicada em redes sociais.