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Hipismo brasileiro melhora em relação a Londres-2012, mas fica sem medalha

A equipe brasileira de hipismo terminou sua participação nos Jogos Olímpicos do Rio sem nenhuma medalha —a terceira Olimpíada consecutiva em que a modalidade passa em branco.

Principal esperança no salto individual, Álvaro Miranda Neto, o Doda, 43, montando Cornetto K, terminou em nono lugar a final nesta sexta-feira (19), com quatro pontos perdidos, empatado com mais seis cavaleiros.

Pedro Veniss, 33, outro brasileiro que conseguiu se classificar para a segunda e decisiva bateria do salto individual, encerrou na 16ª posição, com cinco pontos perdidos.

O desempenho individual do Brasil foi um pouco melhor do que em Londres-2012, quando o cavaleiro brasileiro melhor classificado, o Doda, terminou em 12º lugar a final do salto.

Danilo Verpa/Folha de S.Paulo/NOPP
O cavaleiro Doda Miranda, do Brasil, durante a final de hipismo de saltos na Rio-2016
O cavaleiro Doda Miranda, do Brasil, durante a final de hipismo de saltos na Rio-2016

Na quarta-feira (17), o time brasileiro de salto terminou sua participação por equipe em quinto lugar. Neste caso, resultado também melhor que o oitavo lugar em Londres.

Pouco antes da rodada final, Doda disse que a Olimpíada ratifica o fato de o Brasil ser uma das cinco forças mundiais do hipismo, na modalidade salto.

"Mas agora precisamos fazer alguns ajustes para que [esta atual geração] suba um pouco mais e ganhe a medalha", disse.

Com Doda, Rodrigo Pessoa e André Johannpeter, o Brasil conseguiu o bronze por equipe em Atlanta-1996 e em Sydney-2000. "Cada uma precisa ver onde errou seus percursos e corrigir", afirmou Doda.

A participação dele chegou a ser motivo de preocupação após o divórcio com Athina Onassis, única neta e herdeira do bilionário grego Aristóteles Onassis (1906-1975), iniciado no fim do ano passado.

Umas das questões era se Doda ficaria sem sua montaria, o cavalo garanhão Cornetto K. O cavaleiro brasileiro disse mais de uma vez, porém, que o cavalo pertencia a ambos e o pior momento teria passado.

PROVA

No primeiro percurso desta sexta, Doda cometeu uma falta (quatro pontos perdidos). Desta forma, ele seguiu para a segunda e decisiva rodada de salto em 16º lugar, empatado com dez conjuntos.

Na segunda passagem, zerou o percurso e permaneceu assim com a mesma pontuação (quatro perdidos). O ginete dependia, porém, de tropeços de uma grande quantidade de adversários, o que não aconteceu.

Pedro Veniss, montando Quabri de L'Isle, também chegou à final com quatro pontos a menos. Na primeira rodada, seu cavalo Quabril de L'Isle derrubou um dos obstáculos do percurso.

Pilar Olivares/Reuters
Pedro Veniss e o cavalo Quabri De L'isle durante aa Rio-2016
Pedro Veniss e o cavalo Quabri De L'isle durante aa Rio-2016

Na final, Veniss conseguiu concluir o percurso sem derrubar nenhum dos dez obstáculos, mas estourou o tempo (68 segundos). Ele terminou a competição em 16º lugar com cinco pontos perdidos.

Já o cavaleiro Eduardo Menezes, 36, não se classificou para a segunda rodada da final dos saltos. Um pouco disperso, seu cavalo Quintol cometeu duas faltas na primeira bateria e perdeu oito pontos.

"Subestimei a força do cavalo. Achei que ele estaria cansado, mas ele estava como no primeiro dia. Isso mudou o plano que tinha feito para pista", disse Menezes, logo após seu salto, quando ainda torcia por uma vaga na final.

MELODRAMA

Além da pressão por medalhas numa modalidade que já rendeu um ouro e dois bronzes ao Brasil, a equipe de hipismo viveu uma novela particular nos Jogos do Rio.

Cavaleiro mais vitorioso do hipismo brasileiro, Rodrigo Pessoa, 43, foi colocado na reserva da equipe brasileira pelo técnico George Morris, 78, após sua égua ser operada de cólica.

Insatisfeito com a decisão, Pessoa abriu mão da vaga de reserva. Na quarta-feira, após o time brasileiro terminar a final em quinto lugar, o brasileiro disse que fez falta.

Doda disse que a equipe e os cavalos que disputaram os Jogos são os melhores que o Brasil tem no momento, uma indireta a Rodrigo Pessoa, preterido pela comissão técnica.

Pessoa, que nos últimos dias acompanhou ao vivo as disputas, comentando para canal especializado francês, não estava em Deodoro nesta sexta-feira.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

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