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Marilson dos Santos, 5º em Londres-2012, corre maratona em 'percurso fácil'

O brasiliense Marilson dos Santos, 38, é a esperança no asfalto, e desta vez não estamos falando das ruas de São Paulo.

Na prova de maratona, que fecha o atletismo na Rio-2016 e terá largada às 9h30 deste domingo (21) no Sambódromo (onde ocorre também a chegada), o fundista é o brasileiro com melhores chances. Participam também Solonei Rocha da Silva e Paulo Roberto de Almeida.

Marilson tem seu nome ligado à prova de rua mais famosa do Brasil, a São Silvestre, com trajeto de 15 km, que ocorre anualmente no dia 31 de dezembro em São Paulo. Ele venceu três vezes (2003, 2005 e 2010), sendo que a de 2010 foi a última que teve um brasileiro no lugar mais alto do pódio.

Yasuyoshi Chiba/AFP
Marilson Gomes dos Santos durante o evento-teste no Rio
Marilson Gomes dos Santos durante o evento-teste no Rio

Ele acumula bons resultados em provas de fundo também em pistas. Ele foi, por exemplo, ouro no Pan de Guadalajara, em 2011, nos 10.000 m. Mas são os seus resultados significativos na maratona (com trajeto de 42,195 km) que empolgam para a manhã deste domingo.

Ele venceu em 2006 e 2008 a maratona de Nova York, uma das mais tradicionais do planeta. Em Londres-2012 foi quinto na prova olímpica, a melhor colocação do atletismo brasileiro quatro anos atrás, com o tempo de 2h11min10s.

O percurso da maratona na Rio-2016 agrada ao brasileiro, que participou do evento-teste, em abril. "Na sua totalidade o percurso é fácil, plano", afirmou Marilson. A prova foi seu retorno à maratona depois de quase um ano se recuperando de lesão na panturrilha.

A maratona é prova ícone da Olimpíada desde 1896, na primeira edição da Era Moderna, em Atenas. Foi pensada para retratar a história e relembrar a Batalha de Marathon, cidade na Grécia.

A lenda conta que um mensageiro do exército de Atenas teria corrido cerca de 40 km entre o campo de batalha até a capital, para anunciar a vitória dos exércitos atenienses contra os persas, e morrido de exaustão após cumprir a missão.

Desde então a prova é uma das mais aguardadas de qualquer Olimpíada, mas nunca teve um brasileiro vitorioso —a melhor colocação foi o bronze de Vanderlei Cordeiro de Lima, em Atenas-2004.

Responsável por acender a pira olímpica da Rio-2016, no Maracanã, Vanderlei foi atrapalhado pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan, que o empurrou na parte final da prova. O maratonista ainda conseguiu ficar com o terceiro lugar e é o único brasileiro a ter recebido a medalha Pierre de Coubertin, dada pelo COI (Comitê Olimpico Internacional) a esportistas que destaquem o espírito olímpico.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

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