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Micale monta 'blitz' para derrotar a Alemanha em busca do ouro inédito

O ataque é a melhor defesa. Invicta e sem levar gol no torneio, a seleção vai se lançar ao ataque contra a Alemanha, neste sábado (20), às 17h30, no Maracanã lotado.

O técnico Rogério Micale pretende surpreender os alemães com um forte marcação dos atacantes brasileiros nos defensores adversários desde o início do jogo.

A "blitz" deu certo na goleada frente a Honduras, por 6 a 0, na semifinal, e foi ensaiada nesta sexta (19) no último treino antes da final.

Na quarta (17), a estratégia deu certo. O primeiro gol do Brasil foi marcado por Neymar aos 14 segundos, o mais rápido da história do torneio olímpico desde quando começaram a cronometrar os jogos a partir de Montreal-76.

No torneio olímpico, Micale surpreendeu ao arquitetar um esquema ofensivo, que gosta de comparar ao trânsito das grandes cidades da Índia para explicar sua estratégia do "caos", como define.

"Você olha aquela movimentação constante e parece loucura. Mas há um sentido. Se não tivesse, todos estariam mortos no final do dia", diz Micale, fã de Guardiola.

"Não podemos ficar muito presos nas nomenclaturas, atacante, defensor e meio campista. Futebol se faz com 11 na defesa e no ataque."

Depois de um início irregular no torneio, quando o time empatou as duas primeiras, a seleção desencantou após o treinador radicalizar e escalar mais um atacante. Com quatro em campo, os brasileiros golearam em duas das últimas três partidas.

Nem o insucesso na final do Mundial sub-20 na Nova Zelândia, no ano passado, fará o treinador baiano mudar a estratégia.

"Pode ser pretensão minha, mas tento extrair o que temos de mais qualidade na característica dos nossos jogadores. Foi assim no Mundial, onde perdemos, mas tentamos impor nosso jogo. Agora estamos repetindo isso. Não podemos abandonar a nossa essência", afirmou o treinador, que viu a Sérvia vencer na prorrogação e ficou com o vice-campeonato no Mundial sub-20, disputado em junho do ano passado

Em campo, Neymar comanda o time. Medalha de prata em Londres-12, o jogador do Barcelona é o único astro no torneio olímpico e também vai tentar o seu primeiro título pela seleção após o 7 a 1.

Assim como Micale, os jogadores também evitam o clima de vingança.

"O torcedor entra nesse clima de revanche, quer o ouro inédito. Nós temos que segurar esse "oba-oba" para estar bem na decisão", disse o carioca Renato Augusto, que tem uma tatuagem do Maracanã no braço.

FESTA NA TRIBUNA

Se a seleção vencer no Rio, o título também será bem comemorado na tribuna do Maracanã pelos dirigentes da CBF. Será a primeira vitória da gestão de Marco Polo Del Nero no comando da entidade. Empossado em abril de 2015, o dirigente paulista era o principal executivo da administração Marin.

Denunciado por corrupção pelo FBI, Del Nero é também investigado pela própria Fifa e por duas CPIs em Brasília. Del Nero nega ser culpado e resiste no cargo.

Ele, Marin e Ricardo Teixeira, que comandou a CBF por 23 anos, são acusados de receber propina na venda de direitos comerciais de torneios no país e no exterior.

Marin está preso no exterior desde maio de 2015. Teixeira e Del Nero nunca mais deixaram o país.

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