Publicidade
Publicidade

'O melhor é poder tirar ranço do 7 a 1', afirma torcedora

Os brasileiros que assistiram à final do torneio olímpico de futebol no Maracanã chegaram para o jogo com o sonho de, pelo menos, aplicar uma goleada contra a Alemanha para vingar o 7 a 1 da Copa do Mundo de 2014.

O clima era de festa, mas com a constante lembrança e o desejo de revanche contra o maior vexame da história da seleção brasileira.

Apesar desse sentimento, a torcida teve de se contentar com uma vitória sofrida sobre os europeus, decidida apenas nos pênaltis.

"Eu estava no 7 a 1 e é impossível esquecer aquele dia. Isso deixa o jogo ainda mais tenso. A gente sabe que talvez nunca esse placar seja devolvido, mas uma vitória categórica cairia bem", afirmou a biomédica gaúcha Andressa van der Laan, 30, antes do final da partida.

Diego Padgurschi/Folhapress
Andressa Van der Laan, 30, biomedica

Também havia na arquibancada quem sequer tinha o 7 a 1 na memória.

Para a bailarina paranaense Gabrielle Cardoso, 24, que trabalha no programa do apresentador Fausto Silva, na TV Globo, a final olímpica do futebol foi uma oportunidade para fazer um típico programa carioca: ir ao estádio.

"Amei conhecer o Maracanã lotado de pessoas do mundo inteiro. Espero que meus gritos tenham ajudado o Brasil a voltar a ser o que era no futebol", declarou.

O público no estádio, como esperado, era majoritariamente de brasileiros, o que ficou claro na tensão que tomou conta da arquibancada após o gol da Alemanha.

Já a modelo Camila Gomes, 28, flamenguista e frequentadora do Maracanã, torcia pela revanche brasileira, mas pedia para prevalecer o espírito olímpico. "Poucas vezes eu vi o Maracanã tão bonito. Acho gratificante poder ter essa festa tão perto da gente. Isso vale mais do que qualquer goleada", disse ela.

Depois do empate, os torcedores brasileiros aumentaram o volume das vaias contra os adversários.

Grávida de oito meses, a administradora de empresas Jackeline Barbosa, 32, ficou nervosa na decisão por pênaltis e disse que não acreditou na vitória. "Fiquei tão ansiosa que achei que fosse parir! Nem olhei o Neymar bater, mas quando a torcida vibrou eu gritei junto", afirmou.

"Foi muito emocionante, coração a mil. E o melhor é poder tirar o ranço daquele 7 a 1", disse o estudante mineiro Flávio Andrade, 23.

"Eu temia pela disputa de pênaltis. Nós somos latinos, emocionais. Os alemães são técnicos, racionais. Se eu tivesse de apostar, antes de saber o resultado da decisão, seria na Alemanha", disse o empresário carioca Guilherme Azeredo, 36.

Colaborou LUISA BUSTAMANTE, do Rio

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade