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Brasileiros ficam longe do pódio em maratona com chuva; queniano vence

Debaixo de chuva por quase todos os 42,195 km, a maratona para os homens na Rio-2016 terminou com vitória de Eliud Kipchoge, com 2h8min44 —mais de dois minutos acima do recorde olímpico e a quase seis minutos do mundial.

Os brasileiros não chegaram próximos dos primeiros, e o melhor colocado foi Paulo Roberto de Almeida, em 15°, a 5min12 do medalhista de ouro. A prova aconteceu na manhã deste domingo (21), com largada e chegada no sambódromo.

"Minha estratégia é sempre essa, vir de trás, até porque eu não saio bem. Eu contava que os outros 'quebrassem', mas, com esse tempo ameno, os caras não quebraram. Mas estou feliz em correr a primeira maratona no Brasil, só corria fora, mostrei que estou bem. Se precisar correr outra maratona agorinha, eu corro", afirmou Paulo Roberto de Almeida após a prova.

Marilson Gomes dos Santos ficou com a 59ª posição, e Solonei Rocha acabou em 78°. A prata foi de Feyisa Lilesa, da Etiópia, e, o bronze, do americano Galen Rupp.

Kipchoge é o principal nome da prova na atualidade. Ele havia vencido as últimas cinco maratonas que disputou. Essa foi a terceira medalha olímpica dele, que ganhou bronze em Atenas-2004 e prata em Pequim-2008 na prova dos 5.000 m.

Em abril, em Londres, o queniano quase bateu o recorde mundial, ficando a oito segundos da marca do compatriota Dennis Kimeto (2h2min57s).

Atual campeão mundial da prova, Ghirmay Ghebreslassie, da Eritreia, foi o quarto. Campeão olímpico em Londres-2012, Stephen Kiprotich, de Uganda, chegou em 14º.

O resultado de Marilson Gomes dos Santos é pior que o alcançado em Londres-2012, quando acabou a prova em quinto —melhor resultado do atletismo brasileiro naquela competição.

"O clima atrapalhou, tinha muita umidade, fica difícil manter um ritmo, mas é ruim para todos, você vê que os líderes fizeram tempos mais altos do que o normal. Mas deu a lógica, esses caras estão dominando a maratona tem tempo", afirmou Marilson.

Com o tempo úmido, o suor não evapora, e a temperatura do corpo aumenta. Isso dificulta para os atletas manterem ritmo forte o tempo todo, porque a desidratação é maior.

A maratona era a última esperança do COB (Comitê Olímpico do Brasil) tentar alcançar a meta estipulada, de ficar entre os dez primeiros na Rio-2016 por total de medalhas. O Brasil tem 18 medalhas até o momento, sem contar a do vôlei masculino, que será ouro ou prata, e poderia conseguir mais três na maratona. Algo improvável, como se constatou após a prova.

ATLETISMO BRASILEIRO

Nos primeiros 20 km, os brasileiros correram praticamente lado a lado, em um segundo pelotão formado, que corria cerca de 10 segundos atrás dos líderes. Aos poucos, Paulo Roberto desgarrou dos conterrâneos, mas não teve força para chegar perto dos primeiros colocados.

O saldo do atletismo brasileiro na Rio-2016, porém, é positivo. Thiago Braz, no salto com vara conquistou um inédito ouro nessa prova —o Brasil não subia no lugar mais alto do pódio no atletismo desde Pequim-2008, com Maurren Maggi no salto em distância.

Na marcha atlética, o Brasil conquistou as melhores colocações da história, com o 4° e 8° lugares de Caio Bonfim, nos 20 km e 50 km, respectivamente, e com o 7° lugar de Érica Sena nos 20 km para as mulheres.

No Engenhão, onde as maiorias provas da modalidade aconteceram,o Brasil chegou em seis finais, com destaque para a quinta posição de Darlan Romani no arremesso de peso, melhor resultado da história nessa prova.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

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