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Ação de segurança nos Jogos é bem-sucedida, avalia governo

Quando o queniano Eliud Kipchoge atravessou a linha de chegada da maratona e garantiu o primeiro lugar, na manhã deste domingo (21), os responsáveis pela segurança da Olimpíada se olharam com uma sensação de alívio.

Apesar de ainda faltar a realização da cerimônia de encerramento, as autoridades consideravam ter passado pelo pior –desde o início do planejamento, a tragédia da maratona de Boston (2013), em que três pessoas morreram e 264 ficaram feridas, era referência.

Por toda a tarde de domingo, os ministros da Justiça, Alexandre de Moraes, e da Defesa, Raul Jungmann, estiveram reunidos com o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame e representantes de outras agências para avaliar o evento.

Apesar das dificuldades e de falhas como a indefinição inicial dos responsáveis pela revista de público na entrada das arenas, o balanço foi positivo: não houve ataque terrorista, e os oficiais dizem que as dez prisões de suspeitos feitas antes dos Jogos foram essenciais para isso.

A cerimônia de encerramento não era considerada um dos eventos de grande risco.

Nenhum turista havia sido morto, o que foi considerado um sinal de que funcionou a orientação para que não se afastassem das áreas olímpicas.

Esses dois pontos são vistos pelos órgãos de segurança como suficientes para que a Rio-2016 seja considerada bem-sucedida na área.

Também foram consideradas positivas as investigações da Polícia Civil no caso da quadrilha internacional de cambistas, que resultou na prisão do irlandês Patrick Hickey, integrante do COI, e a elucidação em cinco dias da mentira contada pelo nadador Ryan Lochte.

A montagem do que o Ministério da Defesa chamou de "maior esquema de segurança do país" –85 mil homens, sendo 49.845 no Rio– não evitou episódios de violência na cidade, no entanto.

O soldado Hélio Vieira, da Força Nacional, morreu ao ser baleado por traficantes da Vila do João, após o veículo em que estava entrar na favela por engano.

Shannon Stapleton/Reuters
A person sits on an official media bus after a window shattered when driving accredited journalists to the Main Transport Mall from the Deodoro venue of the Rio 2016 Olympic Games in Rio de Janeiro, August 9, 2016. REUTERS/Shannon Stapleton ORG XMIT: SRR122
Ônibus oficial da Rio-2106 atingido nesta terça-feira (9)

Como reação, as polícias do Estado fizeram duas operações no local que terminaram com sete mortos –que a Polícia Civil afirma serem suspeitos de tráfico–, mas os responsáveis pelo ataque não foram presos.
Dois ônibus, um de jornalistas e outro da Força Nacional:, tiveram as janelas estilhaçadas por pedradas ao passarem pela Transolímpica, via que liga Deodoro à Barra da Tijuca. Três policiais ficaram feridos.

Duas balas perdidas foram encontradas no Parque Olímpico de Deodoro. Desde junho, os militares se desentendem com traficantes locais.

Ao menos duas delegações –a australiana e a britânica–relataram assaltos a integrantes de seus times, mas não deram mais informações sobre as circunstâncias.

O mesmo aconteceu com turistas: entre o dia da abertura (5) e quarta (17), 113 estrangeiros foram vítimas de furtos e assaltos, principalmente na Barra e na zona sul.

Tony Gentile/Reuters
Câmera filma furo em tenda do Centro Hípico, em Deodoro, que foi causado por uma bala perdida no sábado (6); outro projétil atingiu a instalação nesta quarta (10)
Câmera filma furo em tenda do Centro Hípico, em Deodoro, que foi causado por uma bala perdida no sábado (6); outro projétil atingiu a instalação nesta quarta (10)
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