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Polícia investiga venda irregular de ingressos a comitês olímpicos

A Polícia Civil do Rio investiga se a empresa THG Sports vendeu irregularmente ingressos destinados a oito comitês para a Olimpíada do Rio. A investigação começou a partir da prisão do diretor da empresa, o irlandês Kevin Mallon, 56, em 5 de agosto.

Com Mallon, atualmente preso em Bangu 10, na zona oeste do Rio, a polícia apreendeu 813 ingressos. Desses, 84 foram destinados ao comitê irlandês. Neste pacote ainda há bilhetes dos comitês da Letônia, Eslovênia, Chile, Paraguai, Guatemala, Panamá e Barbados, além da própria Irlanda.

A THG não estava autorizada pelo comitê organizador da Olimpíada a comercializar ingressos no Brasil para o evento. A polícia apura a venda de bilhetes para turistas brasileiros.

No sábado (20), reportagem publicada na Folha mostra que a THG falava que tinha relação com os comitês olímpicos da Irlanda, de Malta e da Grécia. Era assim que justificava estar agindo dentro das regras e da lei.

"Estamos designando o Núcleo de Lavagem de Dinheiro da Polícia do Rio para rastrear esse dinheiro. Temos contas para onde valores foram destinados", afirmou o delegado Ronaldo Oliveira.

Divulgação
Quadrilha de cambistas é detida com ingressos das Olimpíadas
Quadrilha de cambistas é detida com ingressos das Olimpíadas

Nesta terça (23), o irlandês Dermont Henihan prestou depoimento e negou qualquer envolvimento com o caso. A polícia entendeu que Henihan não tinha envolvimento com o esquema é ele foi liberado. O seu passaporte, apreendido no fim de semana, será devolvido e ele poderá deixar o país.

Outros dois integrantes do comitê irlandês, Kevin Kilty e Stephen Marty, chamados para depor, adiaram o seu depoimento para 1º de setembro.

Membro do COI (Comitê Olímpico IInternacional) e presidente do Comitê Olímpico Irlandês, Patrick Hickey, 71, permanece preso em Bangu 10. A sua defesa recorreu da prisão e o pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça do Rio.

Os advogados de Hickey alegam que a troca de e-mails entre ele e o dono da THG, o britânico Marcus Evans aconteceu por que os jornais citaram Evans em reportagens sobre as investigações da polícia.

Já os policiais informam que as conversas aconteceram dias antes da cerimônia de abertura e tratava da venda dos bilhetes.

A THG nega a pratica de qualquer irregularidade.

Jack Guez/AFP
O irlandês Patrick Hickey tem 71 anos
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