Último balanço do Comitê Rio-2016 obtido pela Folha aponta que 350.711 ingressos ficaram encalhados para os Jogos, de total de 6,5 milhões.
Com isso, a conta final da organização mostra que 94,6% foram comercializados. Antes do início das competições, a porcentagem não chegava a 80%. Depois, as vendas diárias chegaram a 100 mil bilhetes por dia.
A arrecadação, também de acordo com a organização, foi de R$ 1,234 bilhão.
Na edição de Londres-2012, 263 mil tickets sobraram nas bilheterias, de um montante de 8,2 milhões. Na capital britânica 97% das entradas foram comercializadas.
compare os gastos - Em R$ bilhões
De acordo com o Rio-2016, 11% dos ingressos comprados não foram utilizados para as suas finalidades. Isso quer dizer que esses torcedores não foram ao Parque Olímpico ou foram ao local, mas não entraram nas arenas para ver provas para as quais seus bilhetes davam acesso.
Nesta terça (23), a prefeitura divulgou dados sobre os turistas no Rio. Eles gastaram R$ 4,1 bilhões nos 17 dias de competição.
A cidade recebeu 1,17 milhão de visitantes nesse período. Desse total, 410 mil eram estrangeiros. Em maior número, estiveram os norte-americanos (17%), argentinos (12%) e alemães (7%).
Em média, cada turista estrangeiro gastou diariamente R$ 424,62.
Os brasileiros representaram a maioria dos visitantes: 760 mil turistas que gastaram, em média, R$ 310,42, diariamente. Entre eles, paulistas foram 43%, gaúchos, 9%, e mineiros, 7%.
GASTOS DA RIO-2016
De acordo com APO (Autoridade Pública Olímpica) e da organização, o custo total do evento é de R$ 40,1 bilhões. Os dados dos dois órgãos apontam que mais da metade (R$ 23 bilhões) do investimento na Olimpíada teve origem privada.
Isso inclui, porém, gasto de R$ 7,6 bilhões de fundo de investimento da Caixa na revitalização da zona portuária, com recursos do FGTS. Os patrocínios de estatais para socorrer financeiramente o comitê organizador, avaliado em R$ 330 milhões, também é considerado verba privada pelos organizadores.
A construção das arenas foi a menor parte, segundo APO. Ela consumiu R$ 7,09 bilhões.
Há despesas, contudo, que não aparecem nessa conta geral. Um exemplo são os gastos com segurança, ainda não divulgados.