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Justiça do Rio aplica medidas cautelares aos envolvidos em cambismo nos Jogos

O Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos do Rio determinou na sexta-feira (9) a aplicação de medidas cautelares contra oito acusados de venda irregular de ingressos na Olimpíada.

Com a determinação, os investigados ficam obrigados a respeitar o recolhimento domiciliar a partir das 22 horas, proibidos de acessar as competições no período dos Jogos Paraolímpicos e obrigados a comparecer mensalmente à sede do Juizado para justificar suas atividades.

A decisão atinge a brasileira Barbara Zancope Carnieri, o irlandês David Patrick Gilmore, o holandês Maarten Van Os e os britânicos Marcus Paul Bruce Evans e Martin Studd, funcionários da THG, empresa especializada no comércio de ingressos e receptividade executiva em grandes eventos esportivos.

A medida também atinge os irlandeses Ken Murray, Michael Glynn e Eamon Collins, diretores da Pro 10 Sports Management, empresa responsável pela venda autorizada de ingressos para a Olimpíada na Irlanda. Todos também são membros do COI (Comitê Olímpico Internacional).

A Justiça já havia determinado o cumprimento das medidas cautelares para os irlandeses Kevin James Mallon, diretor da THG, e Patrick Joseph Hickey, presidente do Comitê Olímpico da Irlanda e membro do Comitê Olímpico Internacional (COI). Hickey e Mallon cumprem prisão domiciliar, sem tornozeleira eletrônica.

"Considerando que foram denunciados ao todo dez pessoas e que apenas em relação a duas delas foram aplicadas medidas cautelares, tenho por bem (...) unificar essas medidas cautelares", afirmou a juíza Juliana Leal de Melo.

Divulgação
Quadrilha de cambistas é detida com ingressos das Olimpíadas
Quadrilha de cambistas é detida com ingressos das Olimpíadas

A magistrada também manteve retidos os passaportes dos acusados, que estão proibidos de sair do país. Segundo a juíza, será decretada prisão preventiva em caso de descumprimento de qualquer das medidas cautelares.

De acordo com as investigações, Hickey desviava bilhetes reservados ao Comitê Irlandês para a THG Sports, que os revendiam por até US$ 8.000 (cerca de R$ 25 mil).

O esquema movimentaria mais de US$ 10 milhões (cerca de R$ 32,3 milhões). Além do irlandês, comitês de outros sete países também estão implicados. A THG nega as irregularidades.

O Comitê Olímpico Irlandês informou que a empresa de contabilidade Grant Thornton foi nomeada para realizar uma análise independente dos seus procedimento de emissão de bilhetes para os Jogos do Rio.

A empresa de auditoria Deloitte foi contratada para fazer uma revisão dos mecanismos de governança do comitê irlandês.

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