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Público sofre com o calor em Deodoro, e banhistas se refrescam no piscinão

O calor carioca castigou os fãs do hipismo e fez a festa dos banhistas em Deodoro. Milhares de moradores da região lotaram neste domingo (11) o circuito artificial de canoagem slalom construído dentro do Parque Radical.

Parte do complexo utilizado nos Jogos Olímpicos se transformou em um piscinão, que refrescou os animados banhistas diante de um calor de 30º C no final do inverno carioca.

"Isso aqui ficou muito legal. Não troco esse piscinão por praia nenhuma. Esse é o verdadeiro legado da Olimpíada", disse o motorista Josimar Gonçalves, 55, ao lado da mulher, a cozinheira Deise Rosa, 47.

Numa rara sombra do parque, os dois almoçavam um frago comprado numa padaria dos arredores. Morador de Bangu, na zona oeste, o casal levou também linguiça, batata e 12 latinhas de cerveja para passar o domingo "na paz". A prefeitura proíbe apenas a entrada de garrafas e objetos perfurantes.

Das quatro regiões da cidade envolvida nos Jogos Olímpicos, Deodoro é a área mais carente. O bairro da zona norte é cercado de comunidades, dominadas pelo tráfico de drogas.

Depois de funcionar no verão passado após os moradores invadirem o local, o piscinão ficou fechado nos últimos meses por causa dos Jogos e foi reaberto no feriado da última quarta (7).

"Estava torcendo para a Olimpíada acabar. Me sinto como se estivesse em casa aqui", conta a produtora de eventos Kátia Araújo, 59, dançando a música "Na Batida", sucesso de Anitta.

De maiô e cabelo pintado de vermelho, ela se declara "a musa do piscinão".

Às 14h24, 2.226 banhistas já haviam entrado no parque aquático.

Enquanto os moradores das redondezas se divertiam no piscinão, os torcedores que foram ao Centro Olímpico de Hipismo sofriam com o calor. Centenas abandonaram as provas de adestramento da Paraolimpíada pela
metade por causa do sol. Apenas uma parte do centro tem cobertura.

"Ficou impossível controlar o humor e as crianças num calor desse. Faltou estrutura para acomodar todos com conforto. Só nos resta ir para casa", afirmou o comerciante Alex Santos, 40, que ficou cerca de uma hora na arquibancada. Ele deixou a arena com um grupo de 13 amigos. Todos moradores de Pilares, zona norte do Rio.

A professora Sandra Martins, 47, gostou de ver as provas de adestramento, mas "sem uma sombra para descansar" desistiu de ficar até o final.

"Não tive dinheiro para curtir a Olimpíada. Adorei tudo que vi aqui neste domingo. Pena que o sol nos castigou e me levou pra casa mais cedo", afirmou a moradora de Bangu.

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