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Brasil fica fora do 'top 5' por ouros e não alcança meta do Comitê Paralímpico

O poder de um legado paraolímpico semeado com ações bem estruturadas ficou evidente na Rio-2016 por meio do desempenho esportivo da Grã-Bretanha, que ficou em segundo lugar no quadro de medalhas.

A delegação dobrou as premiações máximas em relação ao evento em disputou em casa, Londres-2012, em que ficou em terceiro lugar.

Mesmo a soberana China, que também conseguiu aumentar suas premiações e manter-se no topo das láureas douradas paraolímpicas, não evoluiu de forma tão eloquente.

Ao país asiático e a Ucrânia, terceira colocada, sobraram críticas de comportamentos éticos questionáveis, como avaliações suspeitas de classe funcionais de atletas, que determina com que grupo de pessoas com deficiência irão competir.

Mas nenhuma explicação parece suficientemente convincente para explicar o resultado da delegação brasileira, a maior da história, com 287 competidores, a que mais recebeu recursos financeiros, quase R$ 400 milhões em quatro anos, e a que mais tinha condições de aproveitar o clima de apoio da torcida que enchia as arenas.

Zanone Fraissat/Folhapress
RIO DE JANEIRO/RJ BRASIL. 14/09/2016 - Comemoracao ao final do jogo - Brasil vence a China de 2 x 1 no futebol de 5 e avanca para a proxima fase da competicao.(foto: Zanone Fraissat/FOLHAPRESS, ESPORTE)***EXCLUSIVO***
Equipe do futebol de 5 comemora vitória do Brasil durante os Jogos

O Brasil involui no total de ouros garimpados em Londres, de 21 para 14, no Rio. Não conseguiu chegar à meta de quinto lugar no quadro de medalhas –ficou em oitavo– e viu suas estrelas mais celebradas, com a exceção do fenômeno Daniel Dias, sucumbirem diante de falhas técnicas, de novos nomes estrangeiros e até devido ao despreparo emocional para resistir à pressão.

Esportes que eram tradicionais fontes de ouro ou que mantinham campeões paraolímpicos e mundiais, como bocha, esgrima e judô, encolheram.

A natação, modalidade que abrigava multimedalhistas muito promissores, trouxe quatro pódios mais altos, todos de Daniel Dias que, assim mesmo, havia ganho seis há quatro anos. Ele, aliás, vai receber R$ 300 mil em prêmios do CPB (Comite Paralímpico Brasileiro).

O país, contudo, construiu marcas históricas importantes, como a quebra do recorde de premiações –de 47, em Pequim, para 71, no Rio.

O aumento do total de medalhas mostra crescimento da competitividade de novas modalidades como tênis de mesa, hipismo e canoagem.

O futebol de 5, disputado por jogadores cegos, tetracampeão paraolímpico invicto puxado pela dupla Jefinho e Ricardinho, mais os resultados expressivos do atletismo, que destacou nomes novos como o da saltadora cega Silvânia Costa, colaboraram para evitar vexame nacional.

O atletismo brasileiro, por sinal, foi a modalidade que mais medalhas conquistou e mais novos talentos revelou ao esporte paraolímpico.

MAIS RECORDES

Recordes paraolímpicos e mundiais foram quebrados por mais de 600 vezes no Rio, marca superior à registrada em Londres (cerca de 450), o que demonstra que o esporte paraolímpico ainda está em franca evolução e que, cada vez mais, novos talentos surgem nas competições.

Do elenco brasileiro, destaque para as performances do velocista Petrúcio Ferreira, da classe T47, de pessoas com comprometimentos nos membros superiores, que quebrou o recorde mundial na prova dos 100m rasos e para o "gigante" Alessandro da Silva, no lançamento do disco, com novo recorde paraolímpico.

Medalhas do Brasil na história -

Posição do Brasil na história - País obteve a melhor colocação em Londres-2012, quando ficou em 7º lugar**

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