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Paulo Coelho vira 'Cavaleiro da Legião da Honra' na França

Da Agência Folha 20/03/2000 08h02
Em São Paulo

Usando a mesma gravata azul com cavalinhos amarelos que ostenta desde seu primeiro prêmio internacional, o italiano Grinzane Cavour, em 1996, Paulo Coelho recebe nesta quarta-feira a principal comenda francesa.

Por sugestão do presidente francês Jacques Chirac (leia carta ao lado), o autor de "O Alquimista" passa a ser Cavaleiro da Legião de Honra da França, insígnia criada por Napoleão Bonaparte em 1802 já distribuída para nomes tão díspares como um dos pais do cinema, Auguste Lumière, e para o empresário e deputado federal Carlos Eduardo Moreira Franco (PFL-SP).

Coelho recebe a medalha de cinco pontas das mãos do editor Robert Laffont, nome central do mercado editorial francês, em cerimônia com 500 convidados na embaixada do Brasil em Paris.
Não é a primeira honraria de Coelho em território francês. O "mago" já fora condecorado Cavaleiro das Artes e das Letras em 1996. Dos 119 países nos quais já está publicado, em 44 idiomas, é lá que recebeu as maiores homenagens.

E foi de lá, onde acaba de lançar seu mais recente best seller, "Veronika Decide Morrer", que Paulo Coelho falou com a Folha.

Sucesso foi o tema principal da conversa. Segundo os cálculos de Coelho, até dezembro suas vendas já haviam ultrapassado os 26 milhões de exemplares. "Só na França já vendi 4.756.000 livros", comemora. "Já ganhei diversos prêmios, mas esse é o principal, o reconhecimento do leitor."
Com brilho na voz, o escritor comentou o reconhecimento de um leitor especial.

No mês passado, Coelho foi convidado para um um encontro com o presidente dos EUA Bill Clinton, em Davos, Suíça, durante o Fórum Econômico Mundial. "Eram apenas 30 convidados, todos políticos, empresários e chefes de Estado. Foi uma reunião muito familiar."

Segundo ele, o presidente elogiou "O Alquimista", que leu (o que demonstrou publicamente, ao sair de um helicóptero com o volume em mãos) seguindo conselho da filha, Chelsea, e da mulher, Hillary. "Clinton me convidou para visitar a Casa Branca em junho", completou.


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