Primeira páginaÚltimas notíciasPolíticaEconomiaInternacionalEsportesTecnologiaCulturaWelcome   TAM muda reversores do Fokker

Equipamento só poderá ser acionado pelo piloto


Agência Folha 1/12/96 20h31
De São Paulo

A TAM anunciou oficialmente, por meio de informe publicitário publicado nos principais jornais do país, que mudou procedimentos de vôo depois do acidente com seu Fokker-100, que matou 99 pessoas no dia 31 de outubro. A principal mudança anunciada foi no acionamento do reversor da turbina, que só poderá ser posto em funcionamento pelo piloto.

Reversor é um freio aerodinâmico auxiliar, não obrigatório nos aviões. No dia do acidente, uma falha acionou o reversor da turbina direita do Fokker-100. Segundo o comunicado, o sistema de comando dos reversores (relés) foi alterado para que, em qualquer condição, mesmo sob sinais de interferência externa, seu acionamento só seja possível se comandado pelo piloto. E, assim mesmo, continua o comunicado, em operação de pouso, quando as rodas do avião já tiverem tocado a pista de pouso.

A checagem do reversor foi incluída na relação de equipamentos com vistoria obrigatória e rotineira pela equipe de manutenção. As mudanças estão em vigor na TAM desde o último dia 8. No dia 22, o fabricante passou as mesmas instruções para seus clientes.

Manifestação pede
segurança em Congonhas

O Movimento Defenda São Paulo, que representa 250 sociedades de amigos de bairro da cidade, promove nesta segunda-feira (2) às 12h, no saguão do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, uma manifestação pela segurança dos moradores da região e contra a ampliação do aeroporto.

Além dos representantes das associações, também estarão participando da manifestação os moradores do Jardim Oriental e os alunos da Escola Estadual de 1º e 2º Graus Angelo Mendes de Almeida, que fica próxima ao local da queda do Fokker-100 da TAM, em 31 de outubro.

As propostas do movimento incluem o estudo de alternativas para a diminuição do tráfego aéreo em Congonhas e a contenção do adensamento populacional na região do aeroporto. Segundo o urbanista Roberto Saruê, presidente do Movimento Defenda São Paulo, a idéia é diminuir paulatinamente o tráfego aéreo para que o aeroporto passe a concentrar apenas vôos regionais.

Atualmente, a média diária de pousos e decolagens em Congonhas é 460. Em dias de pico, essa média sobe para 956. Em outubro, passaram pelo aeroporto cerca de 15 mil passageiros.

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