|
Revolta marca enterro de presidente de escola de samba assassinado DO RIO 08/02/98 17h40 AJB O clima de revolta marcou o sepultamento do presidente da escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz, Nicolau Darze, e do coordenador de samba Roberto Costa. Os carnavalescos foram assassinados na noite de sábado quando saíam do barracão da escola, no bairro do Santo Cristo, zona norte do Rio. Pelo menos 300 pessoas, entre parentes, amigos e integrantes da comunidade compareceram ao cemitério de Inhaúma, na manhã de domingo, para dar o último adeus a Nicolau. O corpo de Roberto foi velado no cemitério do Caju, em São Cristóvão. Ninguém conseguia explicar a tragédia. Proprietária da rede de cinema Star, a família de Nicolau estava aparentemente abalada. Os filhos Marcelo e Eduarda Darze permaneceram sempre ao lado da mãe, Léa, e da avó - a mãe do carnavalesco -, Dona Georgete, que passou mal durante o enterro. Os colegas também estavam indignados. "Nicolau tinha grandes amigos e realmente era um homem querido por todos. Não dá para entender", lamentou Edson Tessier, presidente da escola Unidos da Ponte, que dividia a opinião com José Marcos da Silva, presidente da Império Serrano. O irmão de Nicolau, Roberto Darze, contou que o presidente da escola tinha certeza de que poderia levar novamente a Santa Cruz para o grupo especial. "Era seu grande sonho e ele se empenhava para isso", disse o irmão. Segundo Roberto, os componentes da escola reconheceram o trabalho do carnavalesco. "Já estão preparando uma homenagem que deve acontecer antes do Carnaval". Nicolau estava na presidência desde abril de 97. A Acadêmicos de Santa Cruz, este ano, entra na avenida Marquês de Sapucaí com 1.800 integrantes, ao som do enredo O exagerado, Cazuza na Terra de Santa Cruz, uma homenagem ao cantor.
|
|||
| Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Universo Online ou do detentor do copyright. |
