PERSONAGENS DA CRISE
Josias Quintal, secretário de Segurança - Afastou delegado que teria recebido propina para libertar traficantes. Acusa Luiz Eduardo Soares de minar sua autoridade.
Luiz Eduardo Soares, ex-coordenador de Segurança - Denunciou a existência de uma "banda podre" na Polícia Civil e foiafastado do cargo, acusado de conivência
Rafik Louzada, chefe de Polícia - É acusado por soares de ter recebido propina do traficante Lobão, da favela da Rocinha
Wilson Carlos Weirich, suposto traficante - Revelou detalhes da participação de policiais em uma quadrilha de traficantes quando foi preso em Maricá (RJ)
Cláudio Vieira, chefe da DRE - Suspeito de receber propina para libertar traficantes envolvidos com policiais corruptos
José Muiños Piñeiro Filho, procurador-geral> - Enviou ofício à Secretaria de Segurança pedindo providências contra a libertação irregular dos supostos traficantes
Waldyr Arruda, ex-corregedor da Polícia - Acusado por Soares de pertencer à "banda podre" da polícia. Foi demitido.
Anthony Garotinho, governador - Desde o início da crise, demitiu pessoalmente quatro policiais que ocupavam cargos importantes, entre eles, o corregedor Arruda e o coordenador Soares
Acompanhe a cronologia da crise
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Garotinho critica coordenador demitido
Da Folha de S.Paulo
No Rio de Janeiro
Na defensiva por causa da crise deflagrada em seu governo, o governador do Rio, Anthony Garotinho (PDT), tentou reagir ontem atacando o ex-coordenador de Segurança Luiz Eduardo Soares, exonerado há dez dias, e dizendo que se arrependeu por não tê-lo demitido antes.
Garotinho disse que Soares não foi demitido por ter denunciado a "banda podre" na polícia, mas por sua atitude em outro episódio polêmico, em fevereiro: o apoio ao documentarista João Moreira Salles, que deu R$ 1.200 ao traficante Márcio Amaro de Oliveira, o Marcinho VP, para que ele escrevesse um livro.
"Ele (Soares) foi demitido porque foi conivente com o João Salles na mesada que ele dava ao traficante Marcinho VP, um sanguinário, matador, fugitivo da polícia", afirmou o governador.
A crise na Segurança é a maior, mas não a única do governo Garotinho. Há também denúncias de irregularidades na Cehab (Companhia Estadual de Habitação). Garotinho tem se irritado com os problemas e, ontem de manhã, disse que estavam querendo "enlamear" seu nome.
Sua irritação se concentrou no ex-coordenador de Segurança. "É a última entrevista a respeito desse rapaz, desse ex-colaborador. Não há crise na Segurança, há crise existencial do Luiz Eduardo Soares", afirmou.
Fernanda da Escossia
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