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Bomba é comparada a mina de guerra

da Folha de S.Paulo 06/06/2000 19h31

O aposentado Aristeu Brocchi morreu porque foi atingido em cheio no peito pela onda de choque e pedaços de ferros desprendidos durante a explosão.

Peritos compararam o artefato com uma mina terrestre _arma de guerra colocada sob a terra e que é acionada com o peso da vítima. O detonador, no caso, foi ativado no instante em que ele puxou a lata de tinta do chão.

"A explosão foi imediata, não havia como escapar", disse o capitão da Polícia Militar Israel Pilmon, 39, comandante da Atac (Ações Táticas de Campinas), que irá elaborar laudo sobre a explosão para a Polícia Civil.

"A bomba tinha um grande poder de destruição", disse Valdir Santoro, diretor do IC (Instituto de Criminalística).

Segundo peritos do IC que estiveram no local, a bomba era como uma panela de pressão sem válvula de escape, pronta para explodir sobre o corpo da vítima.

Partes

Os restos da lata de tinta encontrada na garagem da casa do aposentado fizeram parte do que especialistas chamam de dissimulador, ou seja, do disfarce da bomba. Por isso, a vítima se aproximou sem perceber que estava prestes a cair em uma armadilha.

Quem montou o artefato entendia do que estava fazendo, segundo a PM. Apesar de simples e considerada caseira, o sistema de detonação chamou a atenção.

Relatório preliminar da Atac mostra que, dentro dela, havia um extintor de incêndio cortado, cheio de pólvora e ligado aos fios do detonador. No meio do explosivo havia bolinhas de aço para ferir a vítima _princípio idêntico ao de uma granada.
Brocchi foi a primeira vítima de atentados a bomba na região de Campinas desde a criação da Atac, que passou a monitorar esse tipo de ocorrência. Antes disso não há registro. Policiais mais experientes não se recordam de outras ocorrências recentes.

Há dois meses, a PM desarmou uma outra bomba com características semelhantes na mesma região, em Piracicaba. O artefato estava dentro de uma pasta e deveria ter explodido ao ser retirada do chão pelas vítimas.

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