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Sabesp quer 'bombardear' nuvens para tentar fazer chover em SP
29/05/2000 22h07
GIULIANA ROVAI
repórter da Folha Online
A Sabesp está estudando a possibilidade de “bombardear” as nuvens com um sal específico a fim de fazer chover e tentar minimizar os problemas causados pela estiagem. O bombardeio seria feito por canhões.
Na próxima quinta-feira (1º), 3 milhões de pessoas das zonas sul e sudoeste de São Paulo vão ficar sem água a cada dois dias em função do racionamento de água.
Segundo o vice-presidente de produção de água da Sabesp, Antonio Marsiglia Netto, o sistema é mesmo utilizado pelos produtores de maçã, em Santa Catarina, para evitar geadas.
De acordo com Marsiglia, na seca de 1985-1986 a Sabesp adotou um sistema semelhante para atenuar os prejuízos causados pela falta de chuva. Naquela época, no lugar de canhões, o sal responsável pela precipitação era pulverizado nas nuvens por um avião.
“Vamos ver se conseguimos entrar em contato com a empresa responsável pelo sistema em Santa Catarina, porque com certeza é mais barato usar canhões do que aviões”, disse Marsiglia.
“Os canhões podem esperar a formação das nuvens, com um avião fica mais difícil”, afirmou.
Marsiglia disse que a empresa está tentando entrar em contato com as firmas especializadas para estudar a viabilidade da operação.
Em relação ao fim do racionamento, Marsiglia diz que só será possível afirmar com precisão o término do racionamento em outubro, quando está previsto para começar o período das chuvas. Além disso, a Sabesp deverá avaliar o resultado do racionamento e a conclusão da obra do Taquacetuba (que vai bombear água da represa Billings para a Guarapiranga, sistema que vai entrar em racionamento na quinta).
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